A Igreja Católica da Colômbia anunciou nesta quarta-feira que pretende liderar um processo, com autorização do governo e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), para a pronta libertação de 24 reféns sequestrados pela guerrilha.

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Trata-se do mais recente esforço para a libertação de reféns de caráter político em poder da guerrilha de esquerda, alguns dos quais estão há quase 12 anos sequestrados no meio da floresta.

O secretário da Conferência Episcopal da Colômbia, monsenhor Juan Vicente Córdoba, disse que a iniciativa tem o aval do governo do presidente Álvaro Uribe e da senadora do Partido Liberal, Piedad Córdoba, a quem a guerrilha entregou alguns reféns no passado.

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"O governo aceitou que se a Igreja vai liderando e coordenando, aceita que vá a doutora Piedad Córdoba como acompanhante com a Cruz Vermelha. Falta apenas que as Farc aceitem a proposta", disse o religioso aos jornalistas.

As Farc mantêm sequestrados efetivos do Exército e da polícia e pressionam o governo de Uribe para um acordo humanitário para trocá-los por rebeldes presos.

Apesar de a guerrilha ter diminuído nos últimos meses suas exigências para o intercâmbio e oferecido liberar de forma unilateral o suboficial Pablo Emilio Moncayo e um soldado, os reféns continuam sequestrados devido ao governo não ter facilitado as condições para a entrega.

Uribe autorizou em julho a gestão humanitária da senadora para receber os 24 reféns, mas exigiu que a libertação fosse simultânea, o que segue impedindo o fim do drama dos sequestrados.

Desde meados de agosto, foram apresentadas provas de vida de 21 dos 24 reféns políticos, incluindo vídeos de 10 efetivos das Forças Armadas que o Exército confiscou de um enviado da guerrilha.

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Nas provas de sobrevivência, a maioria dos sequestrados pede ao governo que chegue a um acordo com a guerrilha que os permita reconquistar a liberdade e colocar fim ao pesadelo que enfrentam todos os dias no cativeiro no meio da floresta.