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Bertone mencionou durante o seminário que marca o 50º aniversário da morte de PIO XII que a imagem divulgada pelos regimes comunistas da Guerra Fria "não tem fundamento histórico" | Giampiero Sposito / Reuters
Bertone mencionou durante o seminário que marca o 50º aniversário da morte de PIO XII que a imagem divulgada pelos regimes comunistas da Guerra Fria "não tem fundamento histórico"| Foto: Giampiero Sposito / Reuters

O cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado do Vaticano, pediu nesta quarta-feira (6) que o papa Pio XII não seja associado ao nazista Adolf Hitler.

Segundo Bertone, Pio XII não era o "Papa de Hitler" e ainda considerou essa imagem "ultrajante e insustentável".

Em sua intervenção em um seminário sobre o 50º aniversário da morte desse Pontífice, Bertone observou que a imagem de um Papa "submetido" ao Ocidente, divulgada pelos regimes comunistas na época da Guerra Fria, "não tem fundamento histórico".

"A representação de Pio XII como indiferente diante da sorte das vítimas do nazismo, dos poloneses, e principalmente, dos judeus, e inclusive ser associado como 'o Papa de Hitler', além de ultrajante é, do ponto de vista histórico, insustentável", disse.

"Assim, não tem fundamento histórico a imagem de um Pontífice submetido aos americanos e 'capelão do Ocidente', difundida e sustentada pelos soviéticos e por seus partidários nas democracias européias durante a Guerra Fria", acrescentou.

"Além disso, trabalhou para superar a oposição de muitos católicos americanos à aliança com os soviéticos, embora o julgamento em relação ao comunismo por parte do Pontífice e de seus mais estreitos colaboradores permanecesse sempre radicalmente negativo", concluiu. As informações são da Ansa.

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