Uma câmera a bordo do satélite Deep Space Climate Observatory (DSCOVR) flagrou o trânsito da Lua por uma perspectiva diferente: enquanto ela cruzava em frente à face iluminada da Terra. A série de imagens mostra o “lado negro” da Lua, que nunca é visível da Terra, também iluminado.
VÍDEO: veja as imagens divulgadas pela Nasa
O DSCOVR está em órbita a 1,6 milhões de quilômetros, estacionado entre o nosso planeta e o Sol. Ele foi lançado em fevereiro deste ano, com o objetivo de monitorar em tempo real a variação dos ventos solares, em programa conduzido pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês). Dessa forma, o satélite mantém uma visão constante do lado iluminado da Terra, fornecendo observações científicas da camada de ozônio, vegetação, altura das nuvens e aerosóis na atmosfera.
No dia 16 de julho, entre 14h50 e 19h45 (pelo horário de Brasília), as câmeras a bordo do satélite conseguiram flagrar a série de imagens, que mostra a Lua cruzando a Terra sobre o Oceano Pacífico, perto da América do Norte.
O “lado negro” da Lua foi observado pela primeira vez apenas em 1959, pela sonda soviética Luna 3. Desde então, diversas missões conseguiram fotografar a parte escondida da Lua com detalhes. Em maio de 2008, a sonda Deep Impact captou imagens parecidas, mas a distância de 50 milhões de quilômetros e com a Lua parcialmente iluminada.
“É surpreendente constatar como a Terra é tão mais brilhante que a Lua”, disse Adam Szabo, pesquisador do programa DSCOVR no Centro Espacial Goddard, em Maryland. “Nosso planeta é verdadeiramente um objeto brilhante em comparação com a superfície da Lua”.
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