A Anistia Internacional revelou nesta quarta-feira (19) imagens de satélite da cidade síria de Aleppo que revelam que 110 diferentes pontos foram alvo dos bombardeios russos e sírios durante as últimas duas semanas. As imagens foram feitas por um drone do grupo Aleppo Media Center.
A ONG de defesa dos direitos humanos afirma que as incursões aéreas sobre o Leste da cidade utilizaram bombas de fragmentação de fabricação russa, que são particularmente letais para os civis e estão proibidas pelas convenções internacionais.
Estes bombardeios “são parte de uma estratégia militar deliberada para que os habitantes fujam da cidade” visando “facilitar sua tomada”, destaca a Anistia.
Em apenas uma semana foram danificados ou destruídos 90 pontos em uma zona do tamanho de Manhattan, segundo as fotos analisadas pela organização.
“A amplitude da destruição e de perdas humanas no leste de Aleppo em apenas um mês é lamentável”, afirmou Lynn Maalouf, subdiretor do escritório da Anistia em Beirute. “As forças sírias, com o apoio da Rússia, atacaram sem pausa e com total desprezo pelas leis humanitárias fundamentais”.
A Anistia analisou fotos tiradas nas últimas três semanas que revelam partes de bombas de fragmentação, que foram identificadas por especialistas como armas de origem russa.
As imagens revelam enormes crateras em zonas amplamente povoadas e prédios destruídos por bombardeios incessantes desde 22 de setembro.