Milhares de imigrantes começam a chegar à Alemanha e à Áustria neste sábado (5). Cerca de 4 mil pessoas atravessaram a fronteira da Hungria para a Áustria, segundo o porta-voz da polícia austríaca, Helmut Marban. Autoridades de Viena afirmaram que 2.300 pessoas chegaram à cidade, e que 1.500 haviam embarcado em trens com destino a Salzburgo.
A polícia da Alemanha informou também que o primeiro trem com 167 imigrantes vindos da Áustria chegou à Munique nesta manhã. O representante da polícia federal do país disse ainda que um trem de Salzburgo deve chegar à cidade com centenas de imigrantes.
Veja fotos da chegada dos imigrantes na Alemanha
Suspeito de celebrar morte de menino sírio em rede social pode ir para cadeia
A polícia alemã fez uma operação de busca na casa de um homem de 26 anos que mora em Berlim e é acusado de comemorar a morte do garoto Aylan, cujo corpo foi encontrado em uma praia nesta semana. Os guardas apreenderam um computador e dois celulares durante a ação, realizada no sábado pela manhã.
Leia a matéria completaOs surpreendentes esforços que ocorreram durante a noite de sexta-feira para sábado reduziram imediatamente a pressão na Hungria, que tem lutado para gerenciar o fluxo de milhares de imigrantes que chegam ao país diariamente, vindos principalmente da Sérvia. No entanto, as autoridades da Hungria alertaram que o número de pessoas no sul do país continua aumentando e que mais imigrantes chegavam a Budapeste horas após a saída em massa da estação de trem central.
- Países divergem sobre resoluções para crise imigratória na Europa
- Meninos sírios que morreram afogados são enterrados ao lado da mãe em Kobani
- ONU alerta para necessidade de 200 mil vagas para realocar refugiados
- Refugiados começam caminhada de estação ferroviária de Budapeste para a Áustria
- Dezenas de imigrantes morrem afogados no Mediterrâneo após partirem da Líbia
- Hungria diz que oferecerá ônibus para levar imigrantes à Áustria
O governo húngaro passou boa parte da semana passada tentando forçar os imigrantes a se apresentarem aos centros de refugiados, mas milhares se recusaram e pediram passagem livre a outros países, especialmente para a Alemanha. Desde a manhã desta terça-feira, as autoridades da Hungria impediam a entrada de imigrantes em trens internacionais. No entanto, sem ir aos centros de processamento, temendo deportação ou detenção indefinida no país, milhares de imigrantes acampavam no terminal de trens de Keleti, em Budapeste.
Na noite de sexta-feira, a Áustria e a Alemanha permitiram a passagem, ao anunciarem que se iriam se responsabilizar pelas massas de imigrantes que seguiam rumo ao leste ou que acampavam na estação de trens de Budapeste.
A Anistia Internacional avalia a iniciativa como positiva. “Após inúmeros exemplos de tratamento vergonhoso aos refugiados e imigrantes por governos europeus, é finalmente um alívio ver um pouco de humanidade. Mas isso está longe de terminar, tanto na Hungria quanto na Europa como um todo”, afirmou Gauri van Gulik, diretor da Anistia Internacional para a Europa.
Em Berlim, representantes do governo alemão afirmaram que o país sentiu a necessidade de se responsabilizar pela situação, dada a aparente inabilidade da Hungria em lidar com o desafio. No entanto, foi enfatizado que a Hungria, como membro da União Europeia e como o primeiro destino de muitos imigrantes, precisa fazer mais para assegurar que os recém-chegados entrem com pedidos de asilo já no país.
“Por causa da situação emergencial na fronteira da Hungria, a Áustria e a Alemanha concordaram em permitir que os refugiados viajassem nesse caso”, afirmou o porta-voz do governo alemão Georg Streiter. “É uma tentativa de resolver o problema, mas ainda esperamos que a Hungria cumpra suas obrigações com a Europa”. Fonte: Associated Press.
Lula arranca uma surpreendente concessão dos militares
Polêmicas com Janja vão além do constrangimento e viram problema real para o governo
Cid Gomes vê “acúmulo de poder” no PT do Ceará e sinaliza racha com governador
Lista de indiciados da PF: Bolsonaro e Braga Netto nas mãos de Alexandre de Moraes; acompanhe o Sem Rodeios
Deixe sua opinião