De olho na safra recorde de grãos da Argentina desse ano, de cerca de 90 milhões de toneladas, uma imobiliária da Província (Estado) de Córdoba, a maior produtora de soja da Argentina, decidiu inovar na comercialização de seus imóveis e aceitar como pagamento sacas de grãos. A imobiliária oferece aos produtores rurais um preço que supera em 5% os valores oficiais dos grãos publicados na Bolsa de Comércio de Rosário.

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O dono da imobiliária, Sérgio Villella, explicou à Agência Estado que "80% dos clientes são produtores rurais". O objetivo, continuou ele, é "usar a moeda do setor agropecuário para facilitar as operações". A ideia de Villella já é experimentada no país na compra de caminhonetes, máquinas e insumos. Mas na comercialização de imóveis é uma novidade. Para colocá-la em prática, a imobiliária se associou à empresa agropecuária cordobesa Bruno Tesán, que ficará encarregada de recolher os grãos.

A coleta será feita em qualquer fazenda ou silo do país e a operação vai envolver imóveis de Córdoba e da cidade de Rosario, na Província vizinha de Santa Fé, onde se encontra o principal complexo agroindustrial da Argentina. Rosario é também o maior centro exportador do país. A Argentina deve produzir cerca de 54,8 milhões de toneladas de soja neste ano, conforme projeções da Bolsa de Buenos Aires. Mas a operação poderá ser feita com qualquer tipo de grão.

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Villella explicou que um apartamento novo de quarto e sala custa entre 270 a 300 toneladas de soja. A oleaginosa está cotada na Bolsa de Rosário, hoje, em torno de US$ 222.

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