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Celso Amorim faz um breafing da 1ª Reunião Ministerial do Mercosul e da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) | José Cruz/ABr
Celso Amorim faz um breafing da 1ª Reunião Ministerial do Mercosul e da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean)| Foto: José Cruz/ABr

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, alertou nesta segunda-feira (24) que o não pagamento pelo Equador de um empréstimo feito junto ao BNDES prejudicaria não só o Brasil, mas toda a América do Sul.

"Qualquer inadimplência vai ter efeitos que vão além da relação Brasil-Equador. Isto vai prejudicar outros países da América do Sul. O risco dessas operações vai subir", disse Amorim a jornalistas, referindo-se ao CCR, sistema de crédito da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi).

Por este sistema, os bancos centrais são avalistas dos empréstimos e o não pagamento por parte de um país torna o seu banco central devedor dos demais bancos centrais signatários do convênio.

Odebrecht

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiou a construção de uma usina hidrelétrica no Equador feita pela construtora Odebrecht. O empréstimo foi de 320 milhões de dólares. O Equador anunciou na última quinta-feira ação em uma câmara de arbitragem internacional para suspender o pagamento da dívida devido a problemas de funcionamento da hidrelétrica.

No dia seguinte, o Brasil convocou o embaixador no Equador para discutir uma resposta à decisão do governo equatoriano.

Novos financiamentos

Amorim disse que acordos com o Equador que envolvam novos financiamentos do Brasil serão vistos com muito cuidado. "Não queremos fazer nada que possa prejudicar o povo equatoriano", ressaltou o ministro, acrescentando que as consultas ao embaixador brasileiro no Equador ainda não terminaram.

O chanceler brasileiro descartou qualquer mudança na política externa do Brasil pela ação mais incisiva em relação ao Equador, que contrastaria com a atitude do país quanto à Bolívia, quando o país vizinho tomou instalações da Petrobras ao nacionalizar os hidrocarbonetos.

"Não teve mudança de postura, as circunstâncias são diferentes", disse Amorim.

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