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Treze pessoas morreram nesta quinta-feira (29) em um incêndio, já sob controle, em uma prisão de San Pedro Sula (norte de Honduras), que aconteceu depois de um enfrentamento entre presos, segundo as autoridades judiciais da cidade.

"Há 13 cadáveres. Não podemos estabelecer precisamente as circunstâncias do incidente. Precisamos aguardar os resultados da investigação", declarou à imprensa Marleny Vanegas, representante do Ministério Público da cidade.

O fogo começou em um dos módulos da prisão de São Pedro Sula, segunda cidade de Honduras, a 240 km ao norte da capital, e foi apagado pelos próprios presos com baldes de água.

Walter Amaya, chefe da polícia nacional, declarou à imprensa que está sendo realizado "um levantamento dos corpos" para identificá-los.

"A segurança já está garantida" no centro penitenciário, disse Amaya, insistindo em que "o fogo está controlado".

O incêndio alarmou a população já que ele acontece apenas um mês e meio depois de Honduras ter sido o epicentro de uma das piores catástrofes carcerárias do mundo, o incêndio da prisão de Comayagua, 90 km ao norte de Tegucigalpa, que deixou 361 detentos mortos.

Amaya afirmou que "grupos organizados que estão em conflito provocaram" o incêndio em San Pedro Sula, mas pediu para "esperar os resultados das investigações" para melhores informações sobre o que aconteceu.

O Centro Penal Sampedrano tem uma população de cerca de 2.250 presos, mas foi construído para 800. Entre os presos há membros das temidas gangues Mara Salvatrucha (MS) e Mara 18 (M-18), em módulos separados, e outros grupos de narcotraficantes, sequestradores e ladrões de veículos.

"Este incidente coloca novamente em destaque a crítica situação de nossas prisões", declarou à imprensa o ministro da Segurança, Pompeyo Bonilla.

A prisão de San Pedro Sula, considerada a cidade mais violenta do mundo segundo relatórios da ONU, é, com frequência, cenário de tragédias e enfrentamentos entre as gangues de presos.

No dia 17 de maio de 2004, 107 presos morreram em um incêndio nessa prisão, devido a problemas estruturais, um caso que está sob avaliação da Corte Interamericana de Direitos Humanos, com sede em San José.

O sistema penitenciário de Honduras é considerado uma "bomba relógio", pois as 24 prisões existentes no país, com capacidade para 8.000 pessoas, têm cerca de 13.000 presos.

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