| Foto: STEVE MARCUS/REUTERS

Há dois meses não havia dúvidas entre os analistas políticos: Hillary Clinton seria a candidata democrata para as eleições presidenciais. Ela levava larga vantagem sobre os demais pré-candidatos do partido e exibia uma liderança confortável sobre qualquer oponente republicano. Mas na quinta-feira (13), uma série de pesquisas da CNN mostrou que o quadro mudou, pois a ex-primeira-dama está quase sendo alcançada por seus rivais no partido e, pior: empatava ou aparecia em desvantagem em relação aos republicanos.

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De acordo com a pesquisa, Hillary teria o apoio de 37% dos democratas para obter a indicação, contra 27% do senador Bernie Sanders e 20% do vice-presidente Joe Biden, que ainda não decidiu se entra na corrida. Em julho, Hillary tinha 56%, contra 19% de Sanders e 15% de Biden.

Empate com Trump

Nas simulações, Hillary e Donald Trump estão empatados com 48%. Há um mês ela tinha uma vantagem de seis pontos e, em julho, liderava com 16 sobre o bilionário. No atual levantamento, ela perde para Jeb Bush por 49% a 47% e fica ainda pior quando o neurocirurgião Ben Carson é colocado na simulação: 46% das intenções de votos, contra 51% do republicano.

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O que tem afetado Hillary é o escândalo do uso de e-mail privado para assuntos de Estado e sua reação tardia aos fatos. Começa a colar em Hillary uma das piores imagens para um candidato: a de mentirosa. Jornais e cientistas políticos começaram a levantar dúvidas sobre a viabilidade da candidatura. Katie Glueck, analista do site Politico, afirma que apesar da enxurrada de manchetes negativas, ela ainda é considerada a favorita para a indicação democrata entre os estrategistas, mas que os demais candidatos têm agora uma margem que antes não existia.

Já há quem fale que o partido poderia levar nomes como Al Gore e John Kerry para a disputa. O medo é jogar no lixo a real chance do partido fazer o terceiro mandato seguido na Casa Branca, algo que não acontece desde a década de 1940.