Israel está dividido. De um lado, o comando do Exército pressiona por uma invasão terrestre de larga escala na Faixa de Gaza, com o objetivo de pôr um ponto final no lançamento de foguetes do Hamas. De outro, a chancelaria defende a restrição da ofensiva aos bombardeios aéreos, limitando-se a mostrar "determinação" contra a ameaça palestina. A informação foi dada à reportagem por um funcionário do governo israelense, que pediu para não ser identificado.

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"O Exército entende que não há resposta possível para deter totalmente os foguetes, a não ser uma incursão com tanques e tropas capaz de ir atrás dos depósitos desse armamento. No entanto, a chancelaria não acredita em uma solução militar", contou o israelense.

Preparada "há anos", a operação lançada no sábado teria, assim, objetivos distintos para os dois setores em debate dentro do governo. Para os militares, uma invasão por terra seria capaz de solapar a capacidade de fogo do Hamas, reforçada durante os seis meses de trégua entre o grupo e Israel. Para os diplomatas, o objetivo seria manchar a imagem de poder que o grupo islâmico adquiriu e, ao mesmo tempo, reconquistar o prestígio perdido por Israel na guerra fracassada contra o Hezbollah, em 2006.

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