O procedimento de nova análise do caso de Sakineh Mohammadi-Ashtiani, condenada a morte por apedrejamento por acusações de homicídio e adultério, não está concluído, afirmou nesta terça-feira (28) o porta-voz do ministério iraniano das Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast.
"Os dois temas (a acusação de homicício e a relacionada ao adultério) devem ser examinados", disse Mehmanparast em entrevista, ao ser questionado sobre o caso, que tem grande repercussão internacional.
Em julho, Teerã anunciou que a condenação à pena capital, pronunciada em 2006, confirmada em apelação em 2007 mas que não foi executada, havia sido suspensa e que o caso estava sendo reexaminado.
"O procedimento judicial ainda não terminou, e o veredicto final será anunciado antes deste procedimento", reiterou Mehmanparast.
Em 2006, Sakineh Mohammadi Ashtiani foi condenada duas vezes à pena de morte por dois tribunais diferentes de Tabriz (noroeste do país) em dois processos distintos, acusada de participação no homicício do marido e de ter cometido adultério, em particular com o suposto assassino do marido.
Um ano depois, a pena de morte por enforcamento pela participação no homicício do marido foi comutada por 10 anos de prisão por uma corte de apelações, mas a execução por apedrejamento foi confirmada por outro tribunal de apelações no mesmo ano.
Fontes do governo iraniano repetem desde julho que a sentença de execução por apedrejamento está suspensa, em resposta à pressão internacional em defesa da condenada.
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