O Irã proibiu nesta terça-feira (16) jornalistas estrangeiros de deixar suas redações para cobrir os protestos que ocorrem nas ruas de Teerã por causa da controversa eleição presidencial do país.
O Ministério da Cultura disse que os jornalistas podem continuar a trabalhar em seus escritórios, mas que estava cancelando as credenciais de imprensa para toda a mídia estrangeira.
"Nenhum jornalista tem permissão de reportar, filmar ou tirar fotografias na cidade", disse uma autoridade do ministério à Reuters.
O anúncio ocorreu após três dias de protestos nas ruas contra o resultado das eleições, durante os quais pelo menos sete pessoas teriam sido mortas.
Os manifestantes atraíram a atenção do mundo por seus protestos no quinto maior exportador de petróleo, que atualmente se encontra em meio a uma disputa nuclear com o Ocidente.
O candidato presidencial derrotado Mirhossein Mousavi cancelou um protesto planejado para terça-feira em um movimento que ele disse ter sido destinado a proteger a vida de seus partidários.
Defensores do presidente linha-dura Mahmoud Ahmadinejad planejavam uma contra-manifestação para o mesmo local.
O Comitê de Proteção aos Jornalistas, com base em Nova Iorque, disse que as autoridades iranianas estão tentando "abafar a cobertura da dissidência".
"Essa censura crua deve terminar imediatamente e todos os jornalistas, estrangeiros ou domésticos, devem ser autorizados a cobrir as notícias históricas que se desdobram no Irã", disse a organização em um comunicado.
Deixe sua opinião