O Irã informou à administração do Canal de Suez, no Egito, que cancelou seus planos de conduzir dois navios de guerra pela estratégica passagem, a caminho do mar Mediterrâneo, informou uma autoridade nesta quinta-feira.
A decisão removeu um potencial problema para o novo governo militar do Egito.
Não ficou claro, de imediato, qual lado estava por trás da decisão de cancelar a passagem dos navios. Todas as embarcações navais têm de obter autorização prévia dos Ministérios da Defesa e das Relações Exteriores do Egito para cruzar o estreito de Suez, uma estratégica rota internacional, disseram autoridades.
Se os navios tivessem passado, seria a primeira vez desde a Revolução Islâmica do Irã, em 1979, que navios de guerra do país cruzariam o canal, segundo os funcionários.
A revolução iraniana afetou as relações com o Egito, que assinou no mesmo ano um acordo de paz com Israel.
O chanceler israelense, Avigdor Lieberman, havia dito na quarta-feira que os planos iranianos de passar pelo canal com dois navios de guerra, rumo à Síria, eram uma "provocação".
A Autoridade do Canal de Suez "foi informada hoje sobre o cancelamento de duas viagens programadas de dois navios de guerra e nenhuma data foi fixada para a passagem por Suez, como parte do comboio vindo do mar Vermelho", disse o alto funcionário, que não quis dar seu nome.
Ele identificou os navios como sendo o Alvand e o Kharg e afirmou que estavam perto do porto saudita de Jidá, no mar Vermelho.
Especialistas em navegação haviam informado anteriormente que se tratava da fragata Alvand e o cargueiro Kharg, de abastecimento.
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