O Irã condenou fortemente a execução do clérigo muçulmano xiita Nimr al-Nimr na Arábia Saudita, onde ao todo 47 pessoas condenadas por terrorismo foram executadas este sábado (2). A Arábia Saudita sunita e o Irã xiita são rivais regionais e apoiam lados diferentes em guerras como a da Síria e a do Iêmen.
Porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, Hossein Jaberi Ansari disse que a execução de al-Nimr “apenas mostra a profundidade da imprudência e da irresponsabilidade”. Ele afirmou que o clérigo não tinha outros meios que não o discurso para “perseguir seus objetivos políticos e religiosos”. A declaração foi transmitida pela rede de TV estatal.
Al-Nimr, preso em 2012, foi uma figura central em protestos pela minoria xiita no território saudita.
O presidente do Parlamento do Irã, Ali Larijani, afirmou que a execução de al-Nimr vai causar um “tumulto” na Arábia Saudita. Em comentários divulgados na página da internet da rede de tevê estatal, ele afirmou que a Arábia Saudita não seria capaz de superar esse “tumulto”.
Desumano
O Ministério de Relações Exteriores da Alemanha também se pronunciou sobre as execuções na Arábia Saudita. Em um comunicado, o Ministério afirmou que “a pena de morte é uma forma desumana de punição” e acrescentou que a Alemanha trabalha com seus parceiros da União Europeia para abolir a pena de morte no mundo.
O comunicado mencionou especificamente a morte de al-Nimr. “A execução fortalece nossas preocupações já existentes sobre tensões crescentes e o aprofundamento da fratura na região”, disse o Ministério alemão.
- Entra em vigor o primeiro acordo entre Vaticano e Palestina
- França nega vinculo terrorista em ataque a soldados em mesquita
- Grupo contrário ao Estado Islâmico reivindica ataque ao site da BBC
- Ex-deputado que descobriu escândalo da Enron morre aos 71 anos
- Coalizão árabe anuncia fim de cessar-fogo no Iêmen
Investida da PF desarticula mobilização pela anistia, mas direita promete manter o debate
Como a PF costurou diferentes tramas para indiciar Bolsonaro
Como a PF construiu o relatório do indiciamento de Bolsonaro; ouça o podcast
Bolsonaro sobre demora para anúncio de cortes: “A próxima semana não chega nunca”
Deixe sua opinião