O Irã não vai consentir com uma esperada resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que tenha o objetivo de combater suas ambições nucleares. O país afirma que seu programa atômico não representa ameaça à paz e à segurança internacionais, disse o embaixador do país na ONU na quinta-feira.

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- Se o Conselho de Segurança decidir tomar decisões que estão fora de sua competência, então o Irã não se sentirá obrigado a obedecer - disse o embaixador iraniano, Javad Zarif, a jornalistas.

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed ElBaradei, entregará um relatório nesta sexta-feira e a expectativa é de que o documento afirme que o Irã se recusou a suspender os esforços para o enriquecimento de urânio, um processo que pode produzir ogivas nucleares, mas também energia elétrica.

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- O que eu espero é que haja muita pressão dos Estados Unidos para impor outra decisão míope ao Conselho de Segurança. Não preciso de uma bola de cristal para prever isso - disse Zarif.

Um comunicado do Conselho de Segurança do dia 28 de março disse ao Irã que suspendesse os esforços para o enriquecimento de urânio, que o Ocidente suspeita ser parte de um programa secreto para o desenvolvimento de armas atômicas. O Irã afirma que seu objetivo é gerar eletricidade.

O embaixador dos Estados Unidos na ONU, John Bolton, disse que o EUA e seus aliados estão preparando uma resolução que colocará as exigências do comunicado de 28 de março em um documento baseado no Capítulo 7º da Carta da ONU.

O Capítulo 7º faz com que as resoluções do Conselho sejam de cumprimento obrigatório pela lei internacional. Ele permite ainda a imposição de sanções, mas isso tem de ser especificado por uma resolução em separado.

Diplomatas do Conselho afirmam que, se a resolução for adotada, apesar das dúvidas da Rússia e da China, os países ocidentais partirão para medidas punitivas contra o Irã.

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