O Irã disse nesta sexta-feira que vai encerrar voluntariamente uma cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão fiscalizador da Organização das Nações Unidas (ONU), se a questão do programa nuclear do país for encaminhada ao Conselho de Segurança do órgão para possíveis sanções.

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Os Estados Unidos e as três maiores potências da União Européia (Alemanha, Grã-Bretanha e França) disseram nesta quinta-feira que as conversas com o Irã para paralisar seu programa nuclear chegaram a um impasse e que o caso deveria ser levado ao Conselho de Segurança.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki, disse que o país vai acabar com as inspeções sem aviso da ONU em suas instalações nucleares e que vai retomar o enriquecimento de urânio se for denunciado à ONU.

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- O governo será obrigado a encerrar todas as suas medidas voluntárias se o caso for parar no Conselho da ONU - declarou Mottaki, segundo a agência de notícias oficial Irna.

O preço do petróleo atingiu recorde de três meses à medida que a tensão sobre o Irã alimenta temores de comprometimento no abastecimento - o país é o quarto maior exportador do mundo.

O embaixador da China nas Nações Unidas disse nesta sexta-feira que Pequim tem que o Irã seja enviado ao Conselho de Segurança. De acordo com a autoridade, o governo chinês teme que a atitude 'possa complicar a questão' e tornar ainda mais dura as posições de algumas partes envolvidas no problema.

Na terça-feira, o Irã retirou os lacres da ONU na usina de Natanz e retomou as pesquisas com o combustível nuclear, provocando duras críticas do Ocidente. A AIEA disse que o trabalho vai envolver o enriquecimento de urânio em pequena escala.

O Irã diz que seu programa visa apenas à produção de energia elétrica por meio de usinas nucleares. Mas potências ocidentais suspeitam de que o real objetivo seja o desenvolvimento de armas atômicas.

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