O Irã afirmou, na terça-feira, que não será intimidado pelos Estados Unidos no que diz respeito ao seu programa nuclear. A república islâmica acrescentou não estar preocupada com uma possível referência do país ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que tem o poder de impor sanções políticas e econômicas.

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"Enfatizamos que a tecnologia nuclear e o ciclo do combustível nuclear são direitos absolutos do Irã. A nação, eu e outras autoridades não vamos ceder à linguagem de intimidação da América por quaisquer meios", disse o líder supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei em discurso televisivo.

O Irã afirma que quer dominar a tecnologia de todo o ciclo nuclear, do minério de urânio até o combustível.

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"Eles estão nos ameaçando com o Conselho de Segurança como se o Conselho de Segurança fosse o fim do mundo", disse Khamenei na cidade de Mashhad, nordeste do país. "Temos experiência com (as ameaças do) Conselho de Segurança da época da guerra (do Irã) com o Iraque. Tudo o que for contra o interesse do país, nós não aceitaremos", disse, referindo-se aos oito anos de guerra com seu vizinho do oeste.

Os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e a França querem que o Conselho de Segurança lidere as investigações sobre o programa nuclear iraniano. A Rússia e a China, outros dois países que têm poder de veto no Conselho, preferem manter o foco na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em vez do Conselho.

O Conselho de Segurança adiou na terça-feira uma reunião a portas fechadas com o Irã, para que sejam feitas mudanças na proposta de texto que Rússia e China se recusaram a endossar. Não foi estabelecida uma nova data para o encontro, mas os diplomatas disseram que contatos informais continuarão a ser feitos.