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Ação armada

Irã diz que pode atingir Israel com mísseis se for atacado

O Irã poderia atingir Israel com mísseis se o Estado judaico atacá-lo e também contaria com aliados na região para responder a uma eventual ação armada do tipo, disse nesta quarta-feira (27) o comandante da Guarda Revolucionária do país islâmico.

Tanto Israel quanto os Estados Unidos não descartaram a possibilidade de usar a força contra o Irã caso a diplomacia não consiga resolver o atual impasse em torno das ambições nucleares dos iranianos.

Potências ocidentais e o Estado judaico acusam o país islâmico de tentar desenvolver armas nucleares. O Irã insiste que deseja dominar essa tecnologia com o fim exclusivo de produzir eletricidade para ampliar o volume de gás e petróleo que exporta.

"Nossos cálculos estratégicos mostram que, se o regime sionista (Israel) desejar realizar a menor manobra que seja contra nossas instalações, com ou sem os EUA, todos os territórios sob controle sionista se tornarão, rapidamente, locais inseguros", disse Mohammad Ali Jafari, comandante-em-chefe da Guarda Revolucionária.

"O país encontra-se totalmente ao alcance dos mísseis da República Islâmica. O poderio dos mísseis de nossas Forças Armadas é tal que o regime sionista, com todo o seu poderio, não seria capaz de enfrentá-lo", acrescentou.

As declarações de Jafari foram divulgadas pela Agência de Notícias Mehr, do Irã.

A Guarda Revolucionária é um braço das Forças Armadas do Irã, possuindo uma estrutura de comando independente do aparato militar e unidades próprias de terra, ar e mar.

"Os israelenses sabem que, se adotarem qualquer medida contra o Irã, o poderio militar que o mundo islâmico e especialmente o mundo xiita possuem na região desferiria um duro golpe contra eles", disse Jafari.

O comandante-em-chefe não mencionou nomes, mas entre os aliados regionais do Irã incluem-se a milícia xiita Hezbollah, do Líbano, e o grupo militante palestino Hamas.

Jafari também disse que os soldados norte-americanos estavam vulneráveis por causa de sua presença na região.

O governo dos EUA mantém unidades militares no Iraque e no Afeganistão, vizinhos do Irã, e forças navais no golfo Pérsico, onde o território iraniano estende-se por uma longa faixa costeira.

"A presença dessas forças permite ao Irã atingir os alvos norte-americanos de diferentes formas, e isso sem nem mesmo usar seus mísseis", afirmou.

A República Islâmica já havia prometido retaliar contra alvos dos EUA caso fosse atacada.

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