O Irã não leva a sério as ameaças israelenses de ataque, mas está preparado para se defender, disse nesta segunda-feira (24) o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deu a entender que Israel poderia atacar instalações nucleares do Irã e criticou a posição do presidente dos EUA, Barack Obama, que o uso de sanções e da diplomacia por mais tempo para impedir o Irã de obter armas nucleares.
O Irã nega que esteja buscando produzir armas nucleares e diz que seu programa é pacífico, voltado para a geração de energia.
"Fundamentalmente, nós não levamos a sério as ameaças dos sionistas.... Nós temos todos os meios de defesa à nossa disposição, e estamos prontos para nos defender", disse Ahmadinejad a repórteres em Nova York, onde participará da Assembleia Geral da ONU.
"A questão nuclear não é um problema. Mas a abordagem dos Estados Unidos sobre o Irã é importante", disse Ahmadinejad.
"Estamos prontos para o diálogo, essencial para a resolução dos problemas", mas sob condições que são baseadas em "justiça e respeito mútuo", acrescentou.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou para os perigos da retórica incendiária de Ahmadinejad quando ambos encontraram-se em Nova York, no domingo, antes da reunião anual dos líderes mundiais nesta semana.
"Sem raízes"
Ahmadinejad disse também nesta segunda-feira que Israel "não tem raízes" na história do Oriente Médio e representa um incômodo para o Irã.
Ele afirmou que o Irã existe há milhares de anos, mas Israel existe há apenas 60 ou 70 anos. Ele afirmou que, por uma certa "fase histórica", Israel representa um distúrbio para o Irã e "eles estão, portanto, eliminados."
"Eles (Israel) não têm raízes lá na história", disse Ahmadinejad em Nova York. "Eles nem sequer entram na equação para o Irã."
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