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As autoridades do Irã fecharam uma importante organização de jornalistas, afirmaram membros do grupo nesta quinta-feira, em uma medida condenada por associações internacionais da imprensa.

Homens armados invadiram e trancaram os escritórios da Associação de Jornalistas Iranianos no final da quarta-feira, informou a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), que também pediu ao Irã que liberte 42 profissionais da mídia atualmente presos.

"É verdade, ela foi fechada", disse um membro da associação iraniana, que não quis ter o nome revelado.

"As ações do governo contra a mídia e os jornalistas diminuem ainda mais a credibilidade e a postura do governo diante da opinião pública nacional e mundial", afirmou a FIJ em comunicado.

O Irã prendeu dezenas de importantes políticos, jornalistas, advogados e manifestantes reformistas desde a eleição presidencial de 12 de junho, que para a oposição foi fraudada a favor do presidente conservador Mahmoud Ahmadinejad.

Um tribunal iniciou no sábado o julgamento em massa de mais de 100 reformistas sob a acusação de incitar os distúrbios que aconteceram depois da eleição. Os protestos foram os maiores desde a Revolução Islâmica de 1979.

"O Irã não pode converter os jornalistas em bodes expiatórios de seus problemas políticos", disse a FIJ.

O Irã acusa o Ocidente de alimentar os protestos contra a eleição, que para as autoridades foi a mais saudável da história da República Islâmica.

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