O Irã impedirá qualquer ataque ao país antes que possam "puxar o gatilho", e as sanções impostas para isolar a República Islâmica não funcionaram, disse o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, em uma parada militar neste domingo.
Os Estados Unidos e seus aliados estão procurando aumentar as sanções da ONU contra o Irã por causa de seu questionado plano nuclear, que o Ocidente vê como um pretexto para construção de armas nucleares. O Irã nega que tenha essa intenção.
Está havendo especulações persistentes de que os EUA ou Israel poderiam atacar as instalações nucleares do Irã, já que nenhum desses países descartou a possibilidade de uma ação militar se os esforços diplomáticos fracassarem.
"Se alguém ousar romper os limites da nação iraniana, a terra sagrada da nação iraniana e os interesses legais do Irã, nossas forças armadas... vão quebrar sua mão antes que ele possa puxar o gatilho", disse Ahmadinejad.
Ele fez a declaração durante uma parada militar transmitida pela televisão estatal para marcar o início da Guerra Irã-Iraque, em setembro de 1980.
Centenas de soldados marcharam diante da tribuna do governo, seguidos pelo desfile de carros e equipamentos militares, incluindo o míssil Shahab-3, que os comentaristas da TV disseram ter um alcance de 2.000 quilômetros, o que coloca Israel em seu raio de ação.
Os caminhões passavam por grandes cartazez onde estava escrito "Abaixo Israel" e "Abaixo os EUA". Também foram exibidos os mísseis Ghadr e Shahab de mais curta distância, aviões não tripulados, foguetes e artilharia.
O Irã desconsidera os relatos sobre uma possível ação militar dos EUA ou Israel contra o país, mas diz que se isso acontecer responderá com ataques a Israel e aos interesses norte-americanos.
"Hoje, o Irã não está em uma posição de mostrar nem mesmo a menor flexibilidade contra o acosso dos inimigos. A história tem mostrado que aqueles que desejam o mal ao Irã nada ganharão, a não ser lamentos", disse ele.
"Os inimigos da humanidade imaginaram que com um ataque militar e sanções econômicas e científicas poderiam esmagar nossa revolução e nossa nação", disse ele, acrescentando que os inimigos do Irã "perderam a esperança".
Analistas dizem que os EUA poderiam despejar poder de fogo muito superior em qualquer ataque ao Irã, mas o Estado islâmico poderia revidar atacando interesses norte-americanos no Golfo, região rica em petróleo, e nos países vizinhos, incluindo o Iraque.
Ahmadinejad disse que apesar das sanções, o Irã conseguiu ampliar sua habilidade de produzir armamento.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura