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As tropas da Guarda Revolucionária do Irã estão prontas para escoltar navios de ajuda humanitária que queiram furar o bloqueio israelense à Faixa de Gaza, disse ontem Ali Shikazi, porta-voz do líder supremo da República Islâmica, o aiatolá Ali Khamenei.

Qualquer intervenção militar iraniana na região seria considerada como uma forte provocação por Israel, que acusa o país de fornecer armas ao Hamas, o movimento que controla a Faixa de Gaza.

A retórica de provocações e ameaças entre os dois países tem sido frequente nos últimos anos, e ontem o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, novamente deixou claro que uma das principais razões para se manter o bloqueio a Gaza é evitar que se estabeleça um "porto iraniano" no território, e impedir a entrega de armas ao Hamas.

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, não reconhece o Estado de Israel e, em várias ocasiões, fez ameaças contra o país.

O porta-voz Shirazi disse que o Irã encoraja mais organizações a tentarem furar o bloqueio a Gaza. "Nós devemos expor nossos inimigos a uma ação global espontânea e não permitir que eles atinjam seus objetivos hediondos", afirmou.

A Guarda Revolucionária do Irã é formada por tropas de elite e responde diretamente aos comandos do líder supremo Khamenei. Composta por forças navais, aeronáuticas e de combate terrestre, elas são separadas do Exército tradicional.

"Se o líder supremo emitir uma ordem para que isto seja feito, as forças navais da Guarda Revolucionária farão o seu melhor para dar segurança aos navios. É dever do Irã defender as pessoas inocentes de Gaza", disse Shirazi.

Israel e os Estados Unidos não eliminam a possibilidade de uma ação militar contra o Irã em seus esforços para evitar que o país obtenha armas nucleares.

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