O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou hoje desejar que Brasil e Turquia participem das negociações internacionais sobre o programa nuclear do país. Ahmadinejad disse ainda que Teerã não negociará o tema com as potências mundiais até o fim de agosto, como forma de "disciplinar" o Ocidente.
Potências lideradas pelos Estados Unidos temem que o Irã busque secretamente armas nucleares. O país, porém, garante ter apenas fins pacíficos. Em maio, Irã, Brasil e Turquia firmaram um acordo prevendo que o Irã enviasse urânio pouco enriquecido ao território turco. O país receberia, em troca, combustível para seu reator em Teerã.
O acordo foi visto pelos três países como um passo importante para romper o impasse, mas as potências fizeram ressalvas ao documento e acabaram aprovando uma quarta rodada de sanções ao Irã no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), no início de junho. As sanções foram aprovadas pela recusa de Teerã de interromper o processo de enriquecimento de urânio, que pode ter tanto fins pacíficos como bélicos.
Membros temporários no Conselho de Segurança, Brasil e Turquia se opuseram à resolução que punia o Irã, mas foram voto vencido. O líder iraniano disse que Brasil e Turquia também devem participar das negociações sobre troca de combustível, ao lado de EUA, França e Rússia.
- Irã acusa CIA de fazer guerra psicológica contra o país
- Para EUA, Lula perdeu "chance de ouro" para discutir Irã
- Amorim deve voltar ao Irã para rediscutir acordo nuclear
- Irã anunciará condições para diálogo na semana que vem
-
Agro diminui demanda por mão de obra básica e “caça” profissionais qualificados
-
Como Lula se livrou de ter que devolver o relógio de grife que recebeu pela presidência
-
Hora das contas: o que está sendo feito para evitar que o Brasil tenha o maior imposto do mundo
-
CPAC tem crítica indireta a Zema e Caiado sobre 2026: “nosso líder é Jair Bolsonaro”