Helicópteros militares iraquianos bombardearam nesta sexta-feira (24) posições do grupo Estado Islâmico (EI) no monte Sinjar, no norte do Iraque, onde se refugiaram cerca de 3.000 yazidis devido ao intenso assédio dos jihadistas.

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O dirigente das Forças de Proteção de Sinjar, Luqman al Jansuri, explicou que estes bombardeios tiveram como alvo aliviar a perseguição imposta pelo EI aos combatentes da minoria curda yazidi e suas famílias.

Calcula-se que entre 2.500 e 3.000 yazidis voltaram a se refugiar no monte Sinjar fugindo do EI, que já em agosto passado causou um êxodo de habitantes dessa região rumo ao Curdistão iraquiano.

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Jansuri assinalou que os bombardeios, que foram acompanhados pelo lançamento de projéteis de morteiros e disparos de metralhadoras, causaram a morte de vários jihadistas.

Além disso, após os bombardeios, os extremistas enfrentaram as Forças de Proteção de Sinjar (integradas principalmente por yazidis e formadas após os fatos de agosto), as quais mataram 35 membros do EI, segundo o dirigente.

Um destacado líder da força de milicianos curdos, Jairy Sheikh Khader, também foi morto, cujo corpo foi levado de helicóptero ao Curdistão iraquiano, disse Jansuri.

Mais de 500.000 yazidis e membros de outras religiões minoritárias fugiram do norte do Iraque desde junho passado e outras centenas foram assassinados, segundo dados da ONU.

Os yazidis, de etnia curda e cuja religião se baseia no zoroastrismo, são um dos alvos do EI, que lhes considera infiéis.

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O EI admitiu no último número de sua revista digital em inglês "Dabiq", publicada no dia 13, que escravizou crianças e mulheres yazidis no Iraque e obrigou muitos deles a se converter ao Islã.