Centenas de iraquianos já se candidatam para um disputado posto naquele país: o do executor do ex-presidente Saddam Hussein.
Segundo a edição deste sábado do jornal "The New York Times", essas pessoas enviam diversas mensagens ao gabinete do primeiro ministro iraquiano, Nuri Kamal al-Maliki, se oferecendo como voluntários para o enforcamento do ex-líder.
Autoridades do Iraque fazem atualmente a revisão da sentença divulgada no dia 5 de novembro, quando Saddam Hussein foi condenado à morte pelo assassinato de 148 pessoas nos anos 80, depois de o líder ter sofrido uma tentativa de assassinato na cidade de Dujail, em 1982. Seus advogados apelaram da decisão no início deste mês e, por isso, ainda não é certo que ele será executado. Caso a sentença seja mantida, ela deve ser cumprida entre meados de janeiro e meados de março do próximo ano.
Mesmo sem a certeza do enforcamento, a concorrência é grande entre aqueles que querem colaborar. Um dos candidatos, cujo irmão foi morto pelo ex-ditador, se ofereceu para largar tudo em Londres, onde vive, e executar Saddam Hussein. "Será difícil definir quem será o responsável pelo enforcamento, já que muitas pessoas querem se vingar da morte de entes queridos", afirmou Basam Ridha, porta-voz do atual premiê iraquiano, segundo o "The New York Times".
O executor escolhido poderá puxar a alavanca para abrir a plataforma que dá apoio aos enforcados. Com o movimento, o "chão" se abre e o condenado fica pendurado pela corda enrolada em seu pescoço. Médicos ouvidos pelo jornal afirmam que, nesses casos, a morte é imediata.
Caso o ex-ditador seja realmente enforcado, será necessário decidir o local de sua morte. O jornal norte-americano afirma que os iraquianos consideraram, inclusive, uma execução pública no maior estádio de Bagdá, o Shaab, onde dezenas de milhares de pessoas poderiam assistir ao enforcamento. As autoridades rejeitaram a idéia por questões de segurança, já que o local poderia ser alvo dos insurgentes que apóiam o ex-presidente.
A hipótese mais provável, afirma o diário, é de que a execução seja feita no Camp Cropper -- um centro de detenção dos EUA no Iraque localizado próximo ao aeroporto internacional de Bagdá --, onde Hussein está preso.
A pena de morte no Iraque pode ser aplicada em crimes de terrorismo e também de assassinato. Ela foi suspensa em 2003, depois da ocupação norte-americana, mas voltou a ser permitida em agosto de 2004. Desde então, 51 pessoas foram executadas, segundo os números oficiais divulgados pelo país.
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