Israel abateu um avião militar sírio nesta terça-feira, alegando que a aeronave atravessou as linhas de batalha da guerra civil na Síria e sobrevoou as Colinas de Golã, território sírio ocupado pelos israelenses, talvez por acidente.
O incidente coincidiu, mas aparentemente não teve ligação direta, com os ataques aéreos dos Estados Unidos, com o apoio de aliados árabes do Golfo Pérsico, contra redutos do Estado Islâmico na Síria.
Mas representa outra complicação para a vontade israelense de permanecer fora do conflito em seu vizinho do norte, no qual rebeldes da Frente Nusra, ligada à Al Qaeda, tomaram uma travessia de fronteira em Golã no mês passado.
Os militares israelenses disseram que o sistema de defesa Patriot, produzido nos EUA, abateu um caça sírio Sukhoi, de fabricação russa, que havia "infiltrado o espaço aéreo israelense" sobre as Colinas de Golã, território tomado por Israel na guerra de 1967 no Oriente Médio.
Essa foi a primeira vez em três décadas que Israel derrubou um avião militar sírio.
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, que monitora a violência na guerra civil, o avião estava bombardeando áreas nos arredores de Quneitra, uma cidade síria perto do lado da fronteira controlado por Israel, quando foi abatido. Segundo a organização, o piloto conseguiu se ejetar.
A Síria descreveu o abate do avião como um ato de agressão.
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