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Oriente Médio

Israel alinha tanques e soldados na fronteira; Líbano diz que seu Exército reagirá

Milhares de soldados israelenses foram deslocados para a fronteira com o Líbano. O general Shuki Shachar não quis informar se uma operação terrestre foi ou não autorizada, diz a rede CNN.

Cerca de mil soldados já cruzaram a fronteira em operações mais ou menos curtas contra posições do Hezbollah. As tropas estão sendo formadas por reservistas. A maioria dos ataques, até agora, décimo dia de conflito, tem sido feita pelo ar.

A rede NBC de televisão diz que Israel também alinhou tanques na fronteira. Os militares poderão iniciar a invasão antes do amanhecer do sábado, segundo fontes ouvidas pela rede.

Já o Exército do Líbano, que tem se mantido à margem do conflito envolvendo as forças de Israel e a milícia Hezbollah , vai lutar contra a invasão terrestre de seu território, informou nesta sexta-feira o ministro da Defesa libanês, Elias Murr, à emissora Al-Jazeera, segundo notícia publicada pela edição eletrônica do jornal "Haaretz".

- O Exército libanês, e eu reitero, o Exército libanês vai resistir, defender e provar que é um Exército e merece respeito - afirmou a autoridade.

Ao mesmo tempo, Israel convocou nesta sexta-feira mais 5.000 reservistas, chegando a um total de cerca de 6.000 desde o início do conflito, e espalhou nova leva de panfletos no sul do Líbano, num aviso de que ataques pesados estão por vir.

Segundo o jornal "Jerusalem Post", de três a quatro divisões de infantaria fizeram exercícios na região, o que pode indicar que uma grande operação terrestre está perto de ser deflagrada.

Na maior parte dos ataques anteriores, incluindo as operações de 1978 e a invasão de 1982, na qual Beirute foi ocupada, as forças oficiais libanesas se mantiveram distante dos combates.

Pelo menos 20 soldados libaneses foram mortos em ataques contra suas bases desde que Israel iniciou a ofensiva na terça-feira da semana passada.

O território do Líbano, especialmente no Sul do país, tem sido defendido pelo Hezbollah, que completou dez dias de ataques seguidos com foguetes contra o Norte de Israel , superando as expectativas iniciais.

Mas o poderio militar do país está debilitado, apesar das compras que o Líbano tem feito nos Estados Unidos e na França.Condoleezza e o embaixador americano na ONU.

Nos Estados Unidos, a secretária de Estado, Condoleezza Rice, está com viagem marcada para o Oriente Médio no próximo domingo. Os americanos não estão interessados em pedir um cessar-fogo imediato e resistem à pressão das Nações Unidas, num reflexo de sua própria política de luta contra o terrorismo.

Nesta sexta-feira, em entrevista coletiva, Condoleezza Rice disse também que os Estados Unidos apóiam o envio de uma força multinacional de paz, mas é improvável que tome parte do contingente.

Por sinal, a própria sede do posto de observação da ONU montado no Líbano foi atingido nesta sexta-feira durante combate entre Israel e o Hezbollah. O Exército disse que a culpa é do Hezbollah. Mas um integrante da ONU, sob a condição de anonimato, disse à imprensa de Israel que o posto foi atingido por um projétil atirado pelas Forças de Defesa de Israel.

O posto é parte da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil, na sigla em inglês). A instalação ficou bastante danificada, mas ninguém foi ferido, porque as tropas que ali estavam, do Exército de Gana, estavam dentro do abrigo antibomba.

A Unifil tem cerca de dois mil integrantes militares e cerca de 300 civis trabalhando na fronteira, conhecida como Linha Azul.

A demarcação foi feita depois que Israel se retirou da região. Ela tem soldados da China, da França, de Gana, da Irlanda, da Índia, da Itália, da Polônia e da Ucrânia.

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