O governo de Israel aprovou neste domingo (17) a libertação de 200 prisioneiros palestinos, em um gesto de boa vontade para com o governo palestino. A proposta passou pelo gabinete do primeiro-ministro Ehud Olmert por 16 votos contra 4.

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No início do mês, Olmert disse ao presidente palestino Mahmoud Abbas que iria libertar parte dos 11 mil palestinos detidos por Israel para ajudar na evolução das conversações de paz.

A questão dos prisioneiros é extremamente emocional para os palestinos, visto que muitos conhecem alguém que está encarcerado ou já passaram pelas prisões israelenses. Os palestinos consideram o sistema jurídico de Israel injusto e têm elevado os prisioneiros a condição de heróis. Abbas, conhecido como Abu Mazen, tem clamado por uma libertação em grande escala.

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Na Faixa de Gaza, o primeiro-ministro palestino Salam Fayyad recebeu bem o notícia, mas disse que Israel deveria libertar um número ainda maior de prisioneiros. "Nós saudamos a libertação de qualquer prisioneiro palestino. Isso é considerado uma vitória para os palestinos", declarou à Associated Press durante uma visita ao vilarejo de Tubas, no norte. "Nós pedimos que os israelenses mudem as condições para a liberação de prisioneiros e pedimos pela libertação de todos, sem exceção".

Ataque

As autoridades de segurança de Israel ainda precisam aprovar a lista de prisioneiros que ganhará a liberdade a partir da decisão anunciada hoje. Mas oficiais do gabinete disseram que a relação de nomes possivelmente irá incluir dois palestinos envolvidos em um ataque mortal contra israelenses. Um oficial disse que a justiça acredita que os dois homens, condenados por ataques que ocorreram no final dos anos 1970, dificilmente voltarão a praticar atos de violência.

A posição oficial de Israel é a de que palestinos envolvidos em ataques fatais não podem ser libertados. No entanto, o governo tem aberto exceções recentemente, como no caso da libertação no mês passado de um prisioneiro libanês condenado pela morte de três israelenses. Nesse caso, a decisão foi resultado das negociações com o Hezbollah.

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