Aviões israelenses bombardearam pelo menos sete alvos na Faixa de Gaza na sexta-feira, um dia depois de um foguete palestino matar um operário tailandês em Israel, disseram testemunhas e funcionários do grupo islâmico Hamas, que governa Gaza.
Os bombardeios deixaram 11 feridos. Israel confirmou que vários locais foram atingidos, inclusive dois túneis perto da cerca fronteiriça com Israel, uma fábrica de armas e o inativo aeroporto do encrave palestino. Túneis na fronteira com o Egito e uma fundição perto da cidade de Gaza também foram alvejados.
Um porta-voz militar de Israel disse que os bombardeios são uma reação aos cinco foguetes disparados de Gaza contra Israel nos últimos dois dias. O vice-primeiro-ministro Silvan Shalom havia declarado na quinta-feira que Israel responderia com firmeza à primeira morte causada por um foguete em Israel em mais de um ano.
Israel enviou uma carta queixando-se do fato ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que visita Israel no fim de semana, e ao Conselho de Segurança da ONU.
A embaixadora israelense na ONU, Gabriela Shalev, pediu a Ban que interceda pela libertação do soldado israelense Gilad Shalit, sequestrado em Gaza desde 2006. O Hamas quer trocá-lo por centenas entre os milhares de militantes palestinos presos em Israel.
Um grupo até então desconhecido, o Ansar al Sunna, que compartilha o radicalismo ideológico da Al-Qaeda, assumiu a responsabilidade pelos foguetes, assim como fizeram as Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, braço armado da facção moderada Fatah.
O Hamas, que governa Gaza desde 2007, tem pedido a outros grupos que não ataquem Israel, para evitar retaliações. Em dezembro de 2008, Israel iniciou uma ofensiva de três semanas contra Gaza para evitar esses disparos, num conflito que matou 1.400 palestinos e 13 israelenses. Desde então, incidentes com foguetes e morteiros dos militantes têm sido apenas esporádicos.
Os militares israelenses disseram que mais de 330 foguetes já foram disparados de Gaza desde a guerra. "Vamos continuar a agir contra quem executar ataques terroristas contra Israel", disse uma nota.