A poeira branca paira no ar enquanto uma escavadeira corta o solo de uma colina para a construção de mais um posto de controle nos limites de Jerusalém, onde Israel constrói um terminal equipado com alta-tecnologia que os palestinos temem um dia se tornar uma fronteira permanente.
Altos muros cinzas foram erguidos em volta e o novo posto ficará à sombra de uma torre de observação de concreto, todos construídos às vésperas da retirada das colônias israelenses da Faixa de Gaza e de áreas da Cisjordânia, marcada para começar na segunda-feira.
O terminal é um dos 38 novos postos de verificação - muitos deles na iminência de entrarem em operação - que Israel está construindo ao longo da fronteira com a Cisjordânia e que eles dizem que servirão para impedir homens-bomba de chegar a cidades israelenses.
- Não é a fronteira e não é definitivo - disse Baruch Spiegel, conselheiro do Ministério da Defesa israelense. - Mas, por enquanto, até que cheguemos a outros entendimentos, estes serão os pontos pelos quais os palestinos terão que passar para ir de um lado a outro - acrescentou.
Para os Estados Unidos, a retirada de Israel é uma nova chance para a paz, enquanto o governo israelense considera a retirada uma "desmobilização" no conflito com os palestinos.
Já os palestinos temem que, quando a poeira baixar em Gaza, eles se encontrem presos atrás de uma barreira impenetrável que estrangulará sua economia.
- Mais dificuldades, isso é tudo - disse o negociador-chefe palestino, Saeb Erekat. - Este sistema restringirá movimentos e criará barreiras artificiais entre os palestinos - emendou.
Palestinos estão preocupados que a barreira e a rede de postos de checagem que estão sendo construídos ao longo dessa rota também marquem as fronteiras de seu futuro Estado e queáreas-chave para os árabes, incluindo o lado oriental de Jerusalém, que fica no lado israelense, sejam perdidas para sempre.
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