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Oriente Médio

Israel diz que ofensiva abalou o Hamas, mas nega crise humanitária

Forças jordanianas recebem ferido em bombardeio de Israel sobre Gaza. Nesta quinta-feira, oito feridos palestinos foram transferidos para a Jordânia | Khalil Mazraawl/Reuters
Forças jordanianas recebem ferido em bombardeio de Israel sobre Gaza. Nesta quinta-feira, oito feridos palestinos foram transferidos para a Jordânia (Foto: Khalil Mazraawl/Reuters)
O primeiro-ministro Ehud Olmert, disse que as atuais condições não são adequadas para um cessar-fogo com Gaza |

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O líder político do Hamas, Nizar Rayyan, foi morto em novo ataque de Israel na Faixa de Gaza |

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O líder político do Hamas, Nizar Rayyan, foi morto em novo ataque de Israel na Faixa de Gaza

A ofensiva israelense na Faixa de Gaza abalou o Hamas e vai continuar até que o Estado judeu deixe de considerar a facção palestina islâmica uma ameaça, disse a ministra das Relações Exteriores israelense, Tzipi Livni, nesta quinta-feira.

"Eu penso que mesmo agora, depois de poucos dias de operação, nós conseguimos mudanças", ela disse a repórteres em uma visita a Paris, referindo-se aos ataques aéreos lançados no sábado.

"Nós afetamos a maior parte da infra-estrutura do terror na Faixa de Gaza e a questão sobre se isso é o suficiente vai depender de avaliações diárias".

Livni, que se encontrou com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse que Israel pretende "mudar a realidade" em Gaza e nos arredores. Autoridades israelenses dizem que isso envolve o fim dos mísseis palestinos que causam pânico no sul de Israel.

"Nós queremos enfraquecer o Hamas na Faixa de Gaza. No fim das contas, o Hamas é um problema não apenas de Israel, mas de toda a população palestina", disse Livni.

"Eles são um problema para todos os países árabes que entendem que têm seus próprios elementos radicais em casa, incluindo grupos muçulmanos de diferentes lugares".

O Hamas se mantém desafiador apesar da ação israelense que matou mais de 400 palestinos. Quatro israelenses foram mortos por mísseis de retaliação.

Livni foi a Paris para responder à proposta francesa de um cessar fogo de 48 horas para permitir ajuda humanitária em Gaza. Seu gabinete afirmou que ela iria reiterar a rejeição do governo à idéia.

"Não há crise humanitária na Faixa de Gaza, por isso não necessidade de trégua humanitária", disse o ministério das Relações Exteriores em um comunicado.

Em suas declarações a repórteres, Livni disse que Israel está sendo cuidadoso em proteger a população civil e mantém a situação humanitária em Gaza "completamente como deveria ser".

"A travessia está aberta, mais do que normalmente antes da operação militar", ela disse.

A União Européia pediu um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, que Israel ataca por dias em retaliação a mísseis lançados a seu território da área controlada pelo Hamas.

Sarkozy, cujo país entregou a presidência rotativa da União Européia à República Tcheca à meia-noite, deve visitar o Egito, os territórios palestinos, Israel, Síria e Líbano na segunda e terça-feira, esperando contribuir para o fim dos conflitos.

Apesar da rejeição de Israel à proposta de cessar fogo da França, Livni agradeceu Sarkozy por seu envolvimento.

"O presidente Sarkozy tem muita familiaridade com a situação e a complexidade da nossa região. Ele entende a ameaça que Israel enfrenta", ela disse.

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