Shimon Peres: expectativa de acordo| Foto: Tarek Mostafa/Reuters

Cidade de Gaza - O governo de Israel e o Hamas estão perto de um acordo para trocar mil prisioneiros palestinos pelo soldado israelense Gilad Schalit, segundo um palestino familiar com as negociações. Scha­­lit é refém de militantes há mais de três anos.

CARREGANDO :)

O presidente de Israel, Shimon Peres, confirmou que houve progressos nas conversas de troca de prisioneiros, disse uma porta-voz nesta segunda-feira.

Uma alta delegação do Hamas, liderada por Mahmoud Zahar e com outros dois importantes membros do grupo, cruzou a fronteira da Faixa de Gaza até o Egito, ontem, para negociações

Publicidade

A fonte palestina, pedindo ano­­nimato, disse que as conversas entre os palestinos e mediadores alemães podem resultar em um acordo até o fim de semana. Já fontes citadas pelo jornal israelense Haaretz disseram que pode haver um acordo até o meio da se­­mana que vem.

O governo de Is­­rael não fez comentários, mas o vice-líder político do Hamas, Mous­­sa Abu Mar­­zouk, disse que "existe progresso" nas negociações.

O Haaretz informa, em seu site, que há um único prisioneiro palestino que seria o ponto de discórdia entre os dois lados. O nome do preso não foi divulgado.

Palestinos próximos à negociação dizem que a libertação ocorrerá em dois estágios: na primeira, serão soltos muitos palestinos condenados a longas sentenças de prisão, por crimes de morte contra israelenses. Entre eles estaria Marwan Barghouti, um líder po­­pular no movimento Fatah, que cumpre prisão perpétua por ter participado de ataques mortíferos. Barghouti é visto como candidato potencial a presidente palestino. Nesse primeiro estágio, se­­riam soltos 450 prisioneiros palestinos, enquanto Schalit seria en­­tregue aos egípcios. Esse primeiro grupo de prisioneiros incluiria muitos militantes do Hamas.

Os outros prisioneiros seriam soltos numa segunda etapa, ao longo de semanas e meses. Sob a exigência de Israel, 150 dos prisioneiros seriam deportados pa­­ra a Europa ou outros países do Orien­­te Médio logo após a li­­bertação.

Publicidade