Autoridades da Turquia e de Israel acreditam que o regime sírio usou armas químicas em ofensivas realizadas na quarta-feira (21). De acordo com o principal grupo de oposição da Síria, os ataques deixaram 1.300 pessoas mortas e centenas de feridos.
Nesta quinta-feira (22), o ministro de inteligência e assuntos estratégicos de Israel, Yuval Steinitz, disse que a constatação do uso de armas químicas foi baseada em "estimativas de inteligência". Sem dar mais detalhes, Steinitz disse à Israel Radio nesta quinta-feira que o ataque não foi o primeiro que envolveu agentes químicos.
Já o ministro de Relações Exteriores da Turquia, Ahmet Davutoglu disse que evidências parecem confirmar os ataques químicos na Síria. Segundo ele, o país passou de "todos os limites" em sua guerra civil.
"Na Síria, todos os limites foram cruzados, mas o Conselho de Segurança da ONU ainda não conseguiu apresentar uma solução. Este incidente não pode ser mais ignorado", disse Davuotoglu em uma coletiva de imprensa conjunta com o ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, em Berlin.
"O Conselho de Segurança não deve ficar indeciso... Caso contrário, massacres muito piores devem acontecer", disse o ministro turco.
O governo da Síria disse que os grupos rebeldes usaram armas químicas para pressionar a comunidade internacional a tomar uma ação militar contra Damasco. O ministro de Relações Exteriores turco rejeitou essa alegação, dizendo que a inteligência turca mostrou provas adicionais que mostravam que o regime foi responsável pelo suposto ataque.
"Se a alegação for verdadeira, [o regime sírio] deve permitir que a equipe de inspeção da ONU entre na região. Nesse caso, a equipe de inspeção deve ir para a Síria e Damasco imediatamente, sem perder sequer uma hora", disse Davutoglu.
Na quarta-feira, autoridades norte-americanas disseram que havia "fortes indícios" de que as forças sírias usaram armas químicas. Davutoglu disse também que ele havia conseguido uma promessa do novo ministro de Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, para convencer o regime sírio a cooperar com a ONU.
Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.
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