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Atualizado em 16/07/06 às 15h40

O governo de Israel apresentou neste domingo ao Líbano uma proposta condicional de cessar as operações militares no país. Segundo o ministro da Informação libanês, Gazi al Aridi, a proposta tem duas condições: que o grupo xiita Hezbollah libere os soldados israelenses capturados na quarta-feira e que retire suas milícias até o norte do rio Litani, passando pelas fazendas de Cheba, no sudeste do Líbano. O governo libanês ainda não conseguiu desarmar o Hezbollah. Ataques do grupo mataram oito pessoas em Haifa, a terceira maior cidade israelense neste domingo. Como resposta, Israel voltou a atacar o Sul do Líbano, matando ao menos dez civis.

Gazi al Aridi não informou se o governo aceitou ou negou as condições impostas pelo primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, durante uma entrevista coletiva. Segundo o ministro libanês, a proposta foi intermediada pelo primeiro-ministro italiano, Romano Prodi, em uma conversa telefônica com o premier libanês, Fuad Siniora.

- O primeiro ministro Fuad Siniora recebeu uma chamada telefônica do primeiro-ministro italiano. Ele disse que o primeiro-ministro de Israel propôs condições para aceitar a suspensão do fogo – informou o ministro libanês da Informação.

Entretanto, ele insistiu que os países ainda não entraram em uma "etapa de negociações" e que o Líbano espera que a ONU adote uma posição a respeito da situação: a intensificação de bombardeios de Israel contra o Líbano . Neste sábado, em um pronunciamento pela TV, Siniora pediu um cessar-fogo imediato com Israel sob mediação da organização, afirmando que os ataques israelenses transformaram seu país em um área de desastre, que precisa de ajuda internacional.

Repercussão

A seqüência de ataques de Israel ao Líbano repercutiu nas discussões da cúpula do G8, em São Petersburgo. Os países mais ricos do mundo querem uma posição única do grupo sobre as crises no Oriente Médio. Entretanto, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, reafirma que Israel tem direito de defender-se. Neste domingo, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, disse que os Estados Unidos estão profundamente preocupados sobre as perdas de civis no Líbano, mas que um cessar-fogo imediato não resolverá o problema.

Rice contou a repórteres que ela disse ao primeiro-ministro de Israel que os Estados estão "profundamente preocupados sobre o efeito da morte de civis inocentes" e que eles gostariam de que "Israel ficasse atento a isso e que seja mais contido nas operações para que civis inocentes não sofram".

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