Israel intensificou, neste sábado, sua campanha contra o Hamas ao prender, em Jenin, o segundo ministro islâmico, enquanto que, na cidade de Gaza, pelo menos quatro pessoas morreram em um bombardeio do Exercito israelense a uma sede das forças leais a este movimento. No décimo dia de ataques aéreos contra a faixa de Gaza, um dos quatro bombardeios da aviação israelense sobre instalações das forças auxiliares do Hamas, em Gaza, causou quatro mortes e deixou outros cinco feridos, informaram fontes sanitárias.

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Aviões militares israelenses atacaram, em menos de uma hora quatro instalações do movimento no sul e oeste da cidade de Gaza, assim como no oeste de Jan Junis e em Rafah, ambas ao sul da faixa de gaza. Os dois primeiros bombardeios, registrados no densamente povoado bairro de Zeitún e no oeste da cidade, produziram grandes explosões e uma intensa coluna de fumaça, visível de longe, segundo testemunhas.

O ataque no oeste da capital da faixa de Gaza não causou feridos, enquanto que os cinco da explosão em Zeitún, no sul da cidade, foram transportados para o Hospital de Shifa, da cidade de Gaza. Dois deles se encontram em estado grave. Os ataques em Jan Junis e Rafah não causaram vítimas.

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Antes, em Jenin, ao norte da Cisjordânia, Wasfi Qubaha, ministro sem pasta de 43 anos, se converteu no segundo membro do Hamas no Governo palestino de Unidade Nacional a ser preso por Israel esta semana. Na quinta-feira, o Exército havia detido o ministro de Educação, Naser ed-Din Ashaer, em uma operação realizada na Cisjordânia contra 33 membros do Hamas, incluindo três deputados e cinco prefeitos.

Vários militares israelenses cercaram a cada de Qubaha e, após três horas de revista, saíram do local levando o ministro detido, informaram testemunhas e familiares do ministro. Uma de suas filhas informou que os soldados confiscaram seu computador portátil e vários documentos após revistar a casa de Qubaha.

Um porta-voz militar israelense confirmou a detenção de "um membro do Hamas" em Jenin, mas não quis confirmar se era Kabaha, que já havia sido detido por um mês no ano passado em uma ação semelhante.

Na mesma cidade, militares israelenses atacaram os escritórios do Ministério do Waqf (santuários islâmicos) - também controlado pelo Hamas - e levaram três computadores portáteis e arquivos de outro computador, segundo fontes da segurança palestina.

Israel considera estas detenções "uma mensagem às organizações militares" palestinas para que "parem de lançar foguetes Al-Kassam (a partir de Gaza) contra a população civil" no sul de Israel, disse o ministro da Defesa israelense, Amir Peretz.

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Com os cinco lançamentos desta madrugada, as milícias palestinas dispararam, desde 15 de maio, mais de 225 projéteis artesanais, com o saldo de um morto e vários feridos, informou neste sábado o Exército israelense em comunicado.

A nota indicou também que, durante a madrugada deste sábado a aviação israelense atacou cinco alvos do Hamas na Faixa de Gaza: três edifícios na Cidade de Gaza e no norte do território, um posto do movimento islâmico na capital e uma estrutura no campo de refugiados de Nuseirat (centro).

Desde a sexta-feira, duas bombas caíram em uma carpintaria e em uma guarita de vigilância no campo de refugiados de Shatit, no litoral da Cidade de Gaza, perto da casa do primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh (do Hamas), que saiu ileso.

Um porta-voz militar ressaltou que o dirigente do Hamas, que está na mira de Israel, não era o alvo destas ações, e sim edifícios usados pelo Hamas na Cidade de Gaza.

Vários ministros israelenses disseram nos últimos dias que todos os dirigentes do Hamas, incluindo Haniyeh, podem ser alvo dos ataques aéreos israelenses, em represália pelo lançamento de foguetes Qassam.

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As operações aéreas israelenses deixaram em dez dias 44 mortos e mais de 170 feridos palestinos.

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