Israel intensifica ofensiva no sul de Gaza, onde 71 palestinos morreram

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O Exército israelense intensificou neste domingo sua ofensiva militar no sul da Faixa de Gaza, em ações que provocaram a morte de 71 palestinos na cidade de Rafah, informaram fontes do Ministério da Saúde da localidade.

O porta-voz do órgão, Ashraf al Qedra garantiu que Israel aumentou os ataque por terra e ar na região. Segundo o representante, dezenas de casas foram atingidas e os moradores estão embaixo dos escombros. O número de feridos já teria atingido os 200.

"Dezenas de vítimas seguem em situação crítica", afirmou o porta-voz do Ministério.

Mais cedo, um dos locais atingidos foi uma escola da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA). O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, classificou o ataque como um "ultraje moral e um ato criminoso".

De acordo com estimativas da ONU, em Gaza há cerca de 450 mil refugiados pela ofensiva israelense. Moradores de Rafah relataram que os bombardeios realizados no fim do dia atingiram grupos de pessoas que estavam longe de suas casas, nos arredores de Rafah.

O exército israelense divulgou mais cedo que suas forças terrestres seguiam na região sul de Gaza, buscando milicianos, depósitos de armas e túneis, além de terem informado que localizaram 150 bombas e atacaram 40 alvos em Gaza.

O Ministério da Saúde em Gaza apelou às organizações de saúde internacionais para que intervenham urgentemente e ajudem a evacuar a centenas de feridos do novo Hospital Kuwaitiano, o único que permanece operacional na região.

A ofensiva iniciada há quase um mês em Gaza já provocou a morte de 1.834 pessoas e feriu cerca de 9.500, segundo os últimos dados divulgados pelo Ministério. Segundo o porta-voz, "dois terços das vítimas são civis". No lado israelense, 64 soldados morreram, assim como dois civis.