Um dia depois de Israel ter decidido manter a ofensiva em Gaza, mas de forma moderada, para combater os ataques com foguetes contra seu território, a operação provocou a morte de sete palestinos na quinta-feira. Também em Gaza, uma mulher de 57 anos morreu num ataque suicida frustrado contra soldados de Israel.
Segundo uma porta-voz do Exército israelense, os soldados perceberam a aproximação da mulher, perto do campo de refugiados de Jabalya, no norte de Gaza, e lançaram uma granada contra ela, detonando os explosivos. Três soldados ficaram levemente feridos. O braço armado do grupo militante Hamas reivindicou a autoria do ataque frustrado e identificou a mulher como Fatima al-Nejar.
Um ataque aéreo israelense contra um carro no norte de Gaza matou três militantes, de acordo com os moradores. Dois outros militantes foram mortos em ataques isolados.
Os soldados israelenses também trocaram tiros com homens armados. Autoridades hospitalares disseram que um civil de 20 anos foi morto por soldados de Israel a leste da cidade de Beit Lahiya. O Exército disse que estava verificando a informação.
Moradores contaram que os israelenses entraram em Beit Lahiya com o apoio de tanques. Tiros disparados pela metralhadora de um dos tanques mataram um civil de 19 anos, segundo o hospital.
Israel confirmou que houve operações nos subúrbios em torno de Beit Lahiya, mas negou que as forças tenham agido em áreas muito populosas.
Quatro soldados israelenses também ficaram feridos por mísseis antitanque, afirmou o Exército.
Os moradores disseram que a incursão em Beit Lahiya foi uma das maiores desde junho, quando Israel lançou uma ofensiva em Gaza em represália ao sequestro de um de seus soldados.
No âmbito político, fontes do movimento islamita Hamas afirmaram que o premiê palestino, Ismail Haniyeh, encontrou-se com o presidente Mahmoud Abbas, do Fatah, na Faixa de Gaza, num sinal de que as negociações para a formação de um governo de unidade nacional foram retomadas.
As fontes do Hamas descreveram a reunião como ``positiva'', mas não deram detalhes. Uma autoridade do Fatah recusou-se a fazer comentários sobre o encontro, mas disse que os dois voltariam a se reunir na noite de quinta-feira para tentar superar as divergências.
As negociações haviam sido suspensas na segunda-feira, em parte devido a divergências na distribuição dos ministérios. O objetivo do novo governo é aliviar as sanções econômicas impostas pelo Ocidente por causa da posição radical do Hamas em relação a Israel.
Foguetes lançados contra o território israelense a partir de Gaza mataram duas pessoas na última semana. Os militantes dizem que os ataques são uma resposta às ofensivas israelenses.
Desde o começo da ofensiva, as forças israelenses mataram cerca de 380 palestinos. Três soldados morreram.