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Os clérigos dirigentes do Irã podem usar armas nucleares para reforçar seu poder e o mundo deve impor urgentemente sanções para evitar que eles fabriquem tais armas, disse o ministro da Defesa de Israel neste domingo (11).

Ehud Barak também previu que a família Assad da Síria pode cair dentro de algumas semanas e que isso seria uma "benção" para o Oriente Médio.

"Há algo errado com essa família, com o modo como reprimem a vontade do povo sírio, matando as pessoas, massacrando seu próprio povo", disse em uma conferência em Viena.

Questionado sobre as chances de um ataque israelense às instalações nucleares do Irã, Barak disse que ainda acreditava que era "tempo para medidas punitivas urgentes, coerentes, paralisantes", que alvejassem o comércio de petróleo iraniano e o banco central do país.

"Nenhum tipo de sanção mais fraca do que essa funcionará", disse Barak, acrescentando que havia a necessidade de um "ataque direto, isolamento, por parte mundo todo" ao banco central iraniano.

Rumores de que Israel, que enxerga o programa nuclear do Irã como uma ameaça existencial, possa lançar ataques preventivos contra o Irã foram instigados por um relatório da ONU no mês passado, dizendo que Teerã parecia ter trabalhado na elaboração de uma arma nuclear. A República Islâmica nega.

Barak disse que adoraria "ver a Primavera Árabe saltando" sobre o Golfo e chegando ao Irã, referindo-se aos levantes políticos no Egito, Tunísia, Líbia e em outros países no último ano.

"Esse regime no Irã, os aiatolás, eles não estarão lá, acredito, daqui a 10 ou 15 anos. É contra a natureza do povo iraniano e o que acontece ao redor do mundo. Mas se eles obtiverem (a tecnologia) nuclear, podem garantir outra camada de imunidade, imunidade política para o regime, do mesmo modo que Kim Jong-il garantiu a sua", disse Barak, referindo-se ao líder da Coreia do Norte.

Ele sugeriu que o conflito líbio poderia ter tido um fim diferente se Muhammar Gaddafi tivesse declarado ter "três ou quatro dispositivos nucleares".

Voltando-se para os eventos na vizinha Síria, ele previu o fim do governo de 41 anos da família Assad. "Eles vão desaparecer, provavelmente em algumas semanas... A queda dessa família é uma benção para o Oriente Médio".

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