Jerusalém O ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, disse ontem que seu governo está disposto a aceitar o envio de uma força multinacional, que seria da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), à fronteira entre Líbano e Israel. Já o presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, propôs que seu governo negocie com Israel a libertação dos reféns feitos pelo Hezbollah.
Peretz falou sobre a aceitação de uma força multinacional após uma reunião com o ministro das Relações Exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier. Até agora, Israel argumenta que os ataques contra o Líbano se devem ao fato de Beirute não ter cumprido as resoluções da ONU, pelas quais seu Exército deveria se posicionar na fronteira. Os israelenses alegam querer forçar o Líbano a assumir sua responsabilidade e retirar o Hezbollah do sul do país.
Ontem, porém, Peretz disse que Israel está disposto a aceitar o envio de uma força multinacional para o Líbano. Motivo: ele se deu conta da "fraqueza do Exército libanês". "Apoiamos o posicionamento de uma força multinacional com uma ampla autoridade", disse Peretz, negando a autoridade da atual Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul). Peretz diz que a nova força internacional seria a da Otan e deveria, além de deslocar o Hezbollah da fronteira do Líbano com Israel, prevenir o contrabando de armamentos a partir da Síria.
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