O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aceitou um pedido da ONU para prorrogar por mais 24 horas a trégua humanitária que esteve em vigor neste sábado (26), informaram fontes governamentais citadas pelos principais veículos de imprensa locais.
Segundo números do Ministério da Saúde de Gaza, pelo menos 1.050 palestinos morreram - na maioria civis - e mais de 6 mil ficaram feridos em ataques israelenses desde que em 8 de julho o governo de Netanyahu ordenou uma ofensiva contra Gaza. Cerca de 800 deles - incluindo mais de 150 crianças - morreram durante a atual incursão por terra, iniciada há nove dias, na qual também morreram em combate 40 soldados do exército de Israel.
As 12 horas de cessar-fogo neste sábado deram um respiro aos moradores de Gaza para receber provisões, mas também revelou uma cruel realidade: bairros completamente arrasados e mais de 100 corpos sob os escombros.
Faltando uma hora para o fim do prazo pactuado, o número de cadáveres desenterrados de toneladas de escombros passava de 130 e elevava o número total de palestinos mortos nestes 19 dias de ofensiva israelense para mais de mil.
Passeata
Cerca de mil israelenses se reuniram neste sábado em Tel Aviv em protesto contra os ataques. A manifestação, que começou às 20h (local, 14h de Brasília), foi dissolvida pela Polícia depois de duas horas porque o movimento islamita Hamas retomou o lançamento de foguetes contra a cidade.
"Paremos a guerra!", "O povo pede que cessem o fogo!" e "Gaza-Sderot, as crianças querem viver", eram os textos de alguns dos cartazes exibidos pelos manifestantes, todos eles de grupos da esquerda pacifista que se concentraram na praça da Prefeitura de Tel Aviv.
Uma manifestante citava um antigo versículo da Bíblia para dizer que Israel é "um Estado que come seus habitantes e mata seus vizinhos".
A manifestação pacifista aconteceu ao mesmo tempo que outra da direita nacionalista a favor de seguir a guerra e acabar com o governo do Hamas em Gaza, o que obrigou a polícia a enviar vários efetivos aos arredores para evitar enfrentamentos como os do sábado passado.
Hamas assume lançamento de foguetes
As Brigadas "Azadim al-Qassam", braço armado do movimento islamita Hamas, assumiram neste sábado a autoria do disparo de sete foguetes contra Israel, logo após o fim da trégua de 12 horas estipulada na sexta-feira.
Sami Abu Zuhri, porta-voz do movimento em Gaza, já havia advertido minutos antes que as milícias islamitas não aceitavam a proposta de prolongar por mais quatro horas a cessação das hostilidades, até a meia-noite, como Israel havia feito.
Os foguetes foram lançados contra a cidade de Tel Aviv e contra a região de Nachal Oz, e pelo menos um deles foi interceptado pela bateria antiaérea "Iron Dome" e nenhum deles causou vítimas ou danos.
- Grupo faz manifestação em Curitiba contra ataques na Faixa de Gaza
- Protesto contra ofensiva em Gaza reúne milhares de pessoas em Londres
- Israel aceita prolongar trégua humanitária por mais quatro horas
- EUA defendem trégua em reunião com aliados do Hamas
- Comunidade internacional pede ampliação de cessar-fogo em Gaza
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Deixe sua opinião