O governo israelense começou neste domingo (29) a estudar um projeto de ferrovia que uniria o Mediterrâneo ao Mar Vermelho, o que ofereceria uma rota alternativa ao Canal de Suez para o tráfego entre Europa e Ásia.
O premier Benjamin Netanyahu indicou que uma ferrovia de 350km cortando o Deserto de Negev deixaria o balneário de Eilat, no Mar Vermelho, a duas horas de Telaviv.
"Juntamente com essa linha haveria uma via reservada ao transporte de mercadorias entre Ásia e Europa", declarou Netanyahu aos membros de seu governo, assinalando que também se estuda uma ampliação para o norte de Israel. "Este projeto despertou um grande interesse das potências emergentes, principalmente China e Índia".
Segundo Netanyahu, "esta ligação entre continentes é de uma importância estratégica, tanto no plano nacional quanto no internacional". O governo israelense terá uma nova rodada de discussões sobre o tema.
O Ministério dos Transportes de Israel informou em seu site que apresentou opções para o lançamento do projeto, mas que as empresas chinesas foram priorizadas.
"A capacidade profissional das empresas da China na construção de ferrovias e redes de transporte é uma das melhores do mundo", afirmou o ministro da pasta, Yisrael Katz, que se reuniu com o colega chinês em Pequim, no ano passado, e ambos concordaram em apresentar um projeto conjunto para a ferrovia até Eilat.
Segundo autoridades israelenses, a ferrovia também poderia ser usada para exportar gás israelense para a Índia e, talvez, China. Importantes jazidas de gás foram descobertas em 2010 no leste do Mediterrâneo, a 130km do porto israelense de Haifa, a 1.634 metros de profundidade.
Esta foi a maior descoberta de jazidas de hidrocarbonetos no mundo nos últimos 10 anos. As reservas foram estimadas em dezenas de bilhões de dólares, capazes de garantir a Israel a independência energética por décadas.
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