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Cessar-fogo fracassa

Israel retoma ataques aéreos em Gaza em resposta ao disparo de foguetes

Soldado israelense descarrega munições em perto da fronteira com a Faixa de Gaza | EFE/Atef Safadi
Soldado israelense descarrega munições em perto da fronteira com a Faixa de Gaza (Foto: EFE/Atef Safadi)

A Força Aérea da Israel retomou nesta terça-feira (15) os ataques em Gaza em resposta ao disparo de dezenas de foguetes por parte de milicianos palestinos, embora o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tenha se mostrado de acordo com o cessar-fogo proposto pelo Egito.

"Depois dos ataques unilaterais pelo Hamas, o Exército reatou a atividade operacional na Faixa de Gaza", diz o escritório do porta-voz militar em um breve comunicado à imprensa.

Após a emissão do comunicado, a Agência Efe pôde constatar um bombardeio no sul da Faixa, na cidade de Khan Yunes, e outro no centro de Gaza. No entanto, até o momento, não informações sobre possíveis vítimas.

Segundo o Exército, o reatamento de seus ataques, que tinha suspendido às 9h locais em cumprimento do cessar-fogo proposto pelas autoridades egípcias, se justifica com o incessante lançamento de foguetes contra seu território por parte dos milicianos palestinos.

"Desde às 9h (locais) da manhã, 50 foguetes foram disparados contra Israel", acrescentou o boletim militar.

De acordo com as últimas informações, dois foguetes foram interceptados no centro de Israel, depois que outro fosse disparado contra a área de Haifa, no norte do país, e três fossem derrubados pelo sistema "Domo de Ferro" nas localidades de Ofakim e Rehovot.

Outros dois foguetes adicionais foram interceptados em voo na área de Netivot, próximo à Faixa, e em Sderot, a cerca de dois quilômetros de Gaza, onde um soldado ficou levemente ferido por estilhaços de uma bomba.

Uma série de lançamentos chegou a atingir uma residência na cidade portuária de Ashdod, onde outros danos materiais também foram registrados. A cidade citada, situada a 30 quilômetros ao norte de Gaza, também foi alvo de quatro foguetes, embora todos tenham sido interceptados.

O governo israelense aguardava uma resposta do movimento islamita à proposta egípcia apresentada pelo presidente Abdulfatah Al Sisi, a qual firmava a cessação das hostilidades vistas nos últimos oito dias, nos quais 190 morreram e 1,4 mil ficaram feridos.

"Depois que o Hamas e a Jihad Islâmica rejeitassem a proposta egípcia de cessar-fogo e disparassem dezenas de foguetes contra Israel, o primeiro-ministro e o ministro da Defesa ordenaram o Exército atuar com dureza contra alvos terroristas em Gaza", explicaram as fontes governamentais israelenses.

Independente do avanço deste cessar-fogo, Israel mantém dezenas de milhares de soldados e centenas de tanques blindados ao redor da Faixa, contingente que poderia ser utilizado em uma possível operação terrestre.

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