O Irã está menos de um ano de distância de atingir sua meta de produzir uma arma nuclear, disse o ministro da Defesa israelense Ehud Barak, em entrevista à CNN divulgada no sábado.
Em uma transcrição antes da entrevista ir ao ar no "Fareed Zakaria GPS" da CNN, programa no domingo, Barak disse que Israel se concentrou na perspectiva de um Irã nuclear e que "pode e deve ser feito a respeito na hora certa."
"Não vai demorar três anos, provavelmente em menos de um ano ninguém poderá mais fazer praticamente qualquer coisa, porque os iranianos estão gradualmente, deliberadamente entrando no que eu chamo de uma zona de imunidade", disse ele.
Barak, ex-primeiro-ministro israelense, mencionou um relatório publicado do início do mês pela agência nuclear da ONU, em que afirmou que o Irã parecia ter trabalhado na elaboração de uma bomba atômica e de pesquisas secretas, que tiveram um efeito moderador sobre líderes mundiais, mas que Israel estava conduzindo uma atividade diplomática intensiva.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou a preocupação de longa data que o Irã pretende ter uma arma nuclear, o que Israel vê como uma ameaça à sua existência. Teerã diz que seu programa nuclear é para fins pacíficos.
Estados Unidos e Israel não descartam ataques aéreos em instalações nucleares iranianas.
"Eu não acho que isso é um assunto para discussão pública", disse Barak, quando perguntado se Israel estava preparado para atacar o Irã e coibir suas ambições nucleares.
Ele disse que um Irã nuclear teria repercussões profundas para o Oriente Médio,.
Barak se recusou a comentar sobre especulações de uma explosão em uma base militar iraniana na semana passada, que matou 17 soldados, incluindo um oficial considerado arquiteto de sistemas de defesa anti-míssil do Irã, tenha sido um trabalho do Mossad, agência de inteligência de Israel.
"Não. Eu não sei de nada que eu possa contribuir para essa conversa", disse ele.
O Irã disse que a explosão ocorreu durante a pesquisa sobre as armas que poderia atingir Israel, mas negou a especulação de possível sabotagem por parte de Israel ou dos Estados Unidos.
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