• Carregando...

No dia em que Israel anunciou que irá retardar a invasão em massa ao Sul do Líbano para dar tempo aos esforços diplomáticos, as forças israelenses tomaram a cidade libanesa de Marjayoun. A cidade predominantemente cristã é considerada estratégica e já foi a base de Israel durante os 18 anos de ocupação da região.

Os israelenses enfretaram forte resistência de guerrilheiros do Hezbollah e houve violentos combates no Sul do Líbano nesta quinta-feira. Segundo o exército de Israel, um soldado morreu atingido por mísseis antitanques do Hezbollah.

O grupo guerrilheiro chegou a anunciar ter destruído 13 tanques israelenses, mas militares israelenses não quiseram comentar o assunto e não confirmaram as perdas. As tropas israelenses também chegaram à cidade de Khiam com o apoio de artilharia pesada e ataques aéreos, disseram moradores.

Apesar da continuidade dos ataques, um esboço revisto de resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o Líbano deve sair na sexta-feira e pede uma retirada israelense "progressiva", informou uma fonte política libanesa de alto escalão nesta quinta-feira.

- Os americanos mudaram sua posição. Um acordo com os franceses está muito perto de fechar nas próximas horas, provavelmente na sexta-feira - disse ele à Reuters.

Cerca de 70 mísseis do Hezbollah foram disparados contra Israel nesta quinta-feira. Um deles atingiu uma vila de maioria árabe e matou um menino de três anos e sua mãe e feriu outras duas pessoas

Israel também bombardeou o centro de Beirute pela primeira vez, destruindo prédios históricos. Aviões israelenses lançaram folhetos sobre três subúrbios da capital do Líbano avisando aos moradores que deixem a área, porque os ataques seriam ampliados.

Nesta quinta-feira, o governo israelense anunciou a decisão de postergar os planos de uma invasão em massa do Sul do Líbano para dar uma oportunidade aos esforços diplomáticos liderados pelos Estados Unidos para formar uma força de paz no Sul do Líbano que possa conter o Hezbollah.

- Podemos dar um pouco mais de tempo para ver se há a possibilidade de um processo diplomático - disse o ministro de Turismo, Yitzhak Herzog, à rádio do Exército israelense.

o jornal israelense "Maariv" afirmou que a decisão foi tomada após meia-noite (horário local), horas depois do gabinete de segurança de Olmert ter aprovado, em princípio, intensificar a ofensiva que já dura quatro semanas contra as posições do Hezbollah no Sul do Líbano.

O plano proposto pelo ministro da Defesa, Amir Peretz, e pelo chefe de Estado-Maior, Dan Halutz, é chegar até o Rio Litani, a 30 quilômetros da fronteira, a fim de tomar o controle das áreas de onde o Hezbollah dispara foguetes contra Israel.

Um dirigente político citado pela rádio pública israelense, que não mencionou seu nome, afirmou que o atraso na expansão da operação militar no sul do Líbano é questão de horas e não de dias. Segundo a fonte, hoje ficará claro que não há possibilidade de acordo no Conselho de Segurança da ONU, porque as divergências entre França e EUA são muito grandes.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]