A centro-esquerda liderada por Pier Luigi Bersani obteve 29,5% dos votos para a Câmara dos Deputados, o que lhe valerá 340 das 630 cadeiras dessa casa, mas, no Senado, somou 31,6% dos sufrágios e, com 120 senadores, ficará longe da maioria, segundo os resultados definitivos das eleições italianas.
A centro-direita de Silvio Berlusconi conseguiu na Câmara 29,1% dos votos, praticamente 120 mil menos que Bersani, mas devido à lei eleitoral que concede à coalizão vencedora o chamado "prêmio por maioria", ficará com 124 cadeiras.
No Senado, a coalizão de Berlusconi obteve 30,7% do total, o que representa 117 senadores, deixando praticamente ingovernável a câmara alta.
O grande vencedor dessas eleições é o Movimento 5 Estrelas, de Beppe Grillo, que se tornou o principal partido único da Câmara dos Deputados ao somar 25,5% dos votos, pelo que terá 108 deputados.
Esse movimento, nascido em 2009, obteve em sua primeira eleição geral 46 mil votos mais que a principal formação da centro-esquerda, o Partido Democrático (PD), de Bersani.
Grillo, que encarnou o chamado voto de protesto contra a política tradicional, somou 23,8% dos votos para o Senado, ou seja, 54 cadeiras.
Por outro lado, o primeiro-ministro demissionário, Mario Monti, conquistou ao lado da sua plataforma de partidos de centro 10,5% dos votos na Câmara dos Deputados (45 cadeiras) e 9,1% no Senado (18 vagas).
Ficarão fora do Parlamento o partido Revolução Civil, do magistrado Antonio Ingroia, que concorria às eleições junto com o também ex-juiz Antonio Di Pietro, e a formação do jornalista Oscar Giannino.
Os históricos líderes Gianfranco Fini, com seu partido Futuro e Liberdade, e Pier Ferdinando Casini, líder da União de Democráticos e de Centro, também perderam suas cadeiras na Câmara dos Deputados.
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