Milhares de desabrigados pelo pior terremoto da Itália em três décadas serão transferidos dos acampamentos em que estão para moradias mais permanentes antes do outono, que começa no fim de setembro, disse o primeiro-ministro Silvio Berlusconi nesta quinta-feira (16).
Berlusconi, que na quinta visitou a região de Abruzzo, devastada pelo terremoto de 6 de abril, afirmou que 65 mil pessoas foram desalojadas pelo desastre, e a maioria delas agora vive em acampamentos ou em quartos de hotel pagos pelo governo.
Cerca de metade deles provavelmente perderá suas casas em razão de grave dano estrutural, disse Berlusconi. "Nós queremos fechar todos os acampamentos antes que o frio do outono chegue", afirmou Berlusconi durante uma visita a uma escola improvisada num acampamento na cidade de L'Aquila, a mais atingida pelo tremor.
"O governo, e acima de tudo eu, não pretende construir barracos."
O pior terremoto da Itália desde 1980 matou 294 pessoas e destruiu vários vilarejos medievais e monumentos históricos.
Berlusconi disse que o Estado poderia fornecer à população cerca de um terço do dinheiro necessário para reconstruir suas casas e estabelecimentos comerciais. As vítimas poderão pedir financiamentos especiais com uma taxa de juros máxima de 4 por cento para cobrir até metade do custo, ele afirmou.
O governo estimou o custo total da reconstrução em 16 bilhões de euros.
Tentativas recentes de reconstrução após terremotos no sul da Itália arrastaram-se por anos, manchadas por acusações de corrupção e envolvimento com o crime organizado.
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