Nenhuma proposta oficial foi divulgada, mas o governo da Itália estaria trabalhando nos bastidores por um acordo político que permita ao ditador líbio, Muamar Kadafi, partir para o exílio em um país da África fora da jurisdição do Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia. A afirmação foi feita pelo jornal britânico The Guardian, que descreveu o projeto como o "paraíso africano" de Kadafi.
A proposta deveria ter sido discutida ontem, no encontro de chanceleres em Londres, mas o comunicado final da reunião não trouxe nenhuma referência a negociações diplomáticas sobre o exílio de Kadafi. Segundo o jornal, a proposta de Roma seria obter do regime um cessar-fogo nos termos exigidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). O compromisso preveria ainda a obtenção de asilo político para o ditador e seus parentes próximos em um país africano fora da jurisdição do TPI.
Entre as possibilidades estão Etiópia, Guiné-Bissau, Mauritânia, República Democrática do Congo, Ruanda e Sudão - além dos vizinhos que já passaram por levantes populares, Tunísia e Egito.
Ontem, o chanceler italiano, Franco Frattini, afirmou que o regime de Kadafi cairá em pouco tempo. "Acredito que a Líbia será liberada rapidamente", disse em entrevista à emissora italiana La7. "Na resolução da ONU não se fala em queda violenta do regime, mas há uma condição implícita, não escrita, que eu leio como Kadafi deve partir", completou.
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