A Guarda Costeira italiana divulgou ontem imagens do salvamento de 234 imigrantes, entre eles nove crianças, que viajavam em um barco pesqueiro em “precárias condições” em águas do Canal da Sicília, no sul da do país. Foram resgatados 187 homens, 38 mulheres e nove crianças.

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“Velha europa”

Em Roma, o ex-presidente do Uruguai José Mujica acusou ontem a “velha Europa” pela crise migratória. “Os que querem atravessar o Mediterrâneo não são pobres da África, são pobres da humanidade”, disse ele após audiência com o papa Francisco.

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A embarcação estava a 125 milhas (cerca de 200 quilômetros) do litoral da cidade siciliana de Augusta e foi observada por tripulantes de um helicóptero da Marinha italiana. A Guarda Costeira italiana enviou dois navios para ajudar a embarcação em apuros. Após o resgate, os imigrantes foram levados ao porto de Augusta.

A Itália continua recebendo milhares de imigrantes procedentes da África devido a sua posição geográfica, que a transforma em ponte entre África e Europa.

Este fluxo, que está aumentado com o bom tempo em alto-mar, em algumas ocasiões resulta em desastres como o do dia 19 de abril, quando cerca de 850 pessoas morreram afogadas. Após esta tragédia, a União Europeia (UE) estuda medidas para enfrentar o fenômeno da imigração e combater as redes de traficantes de pessoas. Uma das ideias é destruir os barcos usados pelos traficantes.

Para enfrentar a chegada de imigrantes e de refugiados, a Comissão Europeia propôs repartir entre os países da UE, durante dois anos, as 40 mil pessoas que pedem asilo e que chegaram desde abril pela Itália e pela Grécia. O Reino Unido já se posicionou contrariamente à medida.