O Japão condenou nesta quarta-feira (26) o lançamento por parte da Coreia do Norte de dois mísseis balísticos de médio alcance ao Mar do Japão, já que isso representa uma violação das resoluções da ONU, e garantiu que tais ameaças não devem ser toleradas.

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O ministro porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga, disse nesta quarta que o Japão apresentou um "enérgico protesto" através de sua embaixada em Pequim por considerar que o lançamento desses mísseis na última madrugada representa uma clara violação das resoluções da ONU.

Por sua vez, o ministro da Defesa japonês, Itsunori Onodera, garantiu que os dois mísseis Rodong eram de "capacidade consideravelmente alta" e que o Japão "presta atenção especial" neste caso.

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"Não devemos tolerar as ameaças repetidas (da Coreia do Norte)", disse o ministro em declarações divulgadas pela agência "Kyodo".

No entanto, Suga explicou que apesar do teste, o Japão manterá a reunião de dois dias entre representantes japoneses e norte-coreanos prevista para este fim de semana na China.

Será o primeiro diálogo entre os governos dos dois países - que não mantêm relações diplomáticas - desde novembro de 2012. No encontro será tratado o assunto dos sequestros de cidadãos japoneses cometidos pelo regime norte-coreano durante os anos 1980 e 1970.

Durante as últimas quatro semanas, Pyongyang realizou até seis testes com mísseis, todas eles com projéteis de curto alcance que correspondem ao projeto soviético FROG (acrônimo com o qual a Otan designou esta série de mísseis).

Os testes de mísseis são considerados um protesto pelas manobras que Coreia do Sul e Estados Unidos realizam no sul da península até o próximo dia 18 de abril, e que Pyongyang denuncia como um "ensaio" para invadir seu território.

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Além disso, este último teste acontece um dia depois que os líderes de EUA, Japão e Coreia do Sul tenham se encontrado em Haia no marco da Cúpula de Segurança Nuclear.