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Coreia do Norte rejeita proposta de diálogo sul-coreana

A Coreia do Norte descartou neste domingo a proposta de diálogo de Seul, enquanto a região aguarda um possível lançamento de mísseis por parte do regime comunista coincidindo com a celebração amanhã do aniversário de seu fundador, Kim Il-sung.

Em uma nota publicada hoje pela agência estatal de notícias norte-coreana "KCNA", Pyongyang considerou a proposta de diálogo sugerida nesta semana pelo presidente sul-coreano, Park Geun-hye, de "vazia" e "um estratagema astuto para ocultar a política da Coreia do Sul voltada ao confronto".

Park disse na quinta-feira passada que tinha intenção de "falar com a Coreia do Norte" para melhorar o ambiente de tensão que paira sobre a península coreana por causa das intensas ameaças bélicas levada a cabo por parte Pyongyang há mais de um mês.

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O Japão e os Estados Unidos propuseram uma nova rodada de conversas com a Coreia do Norte neste domingo para resolver os conflitos em relação ao programa nuclear e de mísseis do país, mas alertaram para o ato de que o governo comunista deve primeiro diminuir as tensões e honrar acordos prévios. A Coreia do Norte tem um curso de ações a seguir e encontrará "parceria" nos Estados Unidos se seguir com elas, disse o secretário de Estado norte-americano, John Kerry.

Kerry esteve visitando capitais asiáticas nos últimos dois dias na tentativa de evitar uma crise maior na região, motivada pelas ameaçadas norte-coreanas de atacar os Estados Unidos e seus aliados na região do Pacífico.

O ministro de Relações Exteriores do Japão, Fumio Kishida, que apareceu com Kerry em uma entrevista coletiva, foi mais explícito, dizendo que a Coreia do Norte tem de honrar compromissos definidos em acordos anteriores e relacionados a seus programas nuclear e de mísseis, além de devolver cidadãos estrangeiros capturados no país.

As autoridades concordaram em que a necessidade é de trabalhar por uma Coreia do Norte sem energia nuclear e abriram as portas para conversas diretas se certas condições forem atendidas. Seus comentários destacam a dificuldade de resolver a situação da Coreia do Norte de maneira pacífica, como foi prometido por Kerry e líderes chineses em Pequim, no sábado (13).

O ministro japonês frisou que a pressão da China, antiga aliada da Coreia do Norte, é fundamental para a redução das tensões na região. "A China tem um antigo relacionamento com a Coreia do Norte", disse Kishida. "Precisamos que a China exerça a sua função e precisamos realizar conversas para permitir que isso aconteça."

O Japão tem usado seu próprio arsenal defensivo para se proteger de um possível ataque norte-coreano, mas sua capacidade é limitada pela constituição, que não permite que o país tenha armas ofensivas, como mísseis de longo alcance e bombas. O país depende fortemente dos Estados Unidos e Kerry reforçou, neste domingo, que os norte-americanos continuam completamente comprometidos com a defesa do Japão.

A questão se tornou mais urgente nos últimos meses, após diversos testes nucleares da Coreia do Norte e suas crescentes ameaças contra os Estados Unidos. Autoridades da Coreia do Sul e dos Estados Unidos acreditam que os norte-coreanos podem realizar mais uma provocação nos próximos dias, com o teste de um míssil de médio alcance. As informações são da Dow Jones.

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